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Enviada em: 02/11/2018

É indubitável que os meios de comunicação digitais exercem grande influências nos setores da sociedade. Não obstante, no cenário político - do Brasil - as redes sociais estão sendo amplamente usadas como ferramentas de persuasão, a partir da disseminação de notícias pejorativas. Por consequência, as eleições governamentais tornaram-se um nicho para as mídias se apropriarem da liquidez da sociedade e dessa forma difundir notícias tendencialistas.        Dessarte, de acordo com Zygmunt Bauman a população vive em uma ''modernidade líquida'', na qual a efemeridade é valorizada, conseguinte, as campanhas eleitorais recorrem a esse pensamento para distribuir informações, com baixo nível de fidelidade a realidade, e os indivíduos as consomem de forma rápida e superficial. Assim como ocorria na década de 60 no Brasil - regime militar -, atualmente a política se apropriou desses recursos, isto é nítido ao visualizarmos que 12 milhões de brasileiros compartilharam ''fake news'' eleitorais em 2018, de acordo com USP. A rapidez ao compartilhar uma notícia sem entender o grau de importância desse ato é a materialização da educação falida do Brasil, no qual o ensino político é inexistente em seu sistema.       Isto posto, desde o século XIX os intelectuais Adorno e Horkheimer alertavam a sociedade sobre o poder da indústria cultural, que se faziam valer dos movimentos recorrentes da época para alcançar seus objetivos. Da mesma forma os grupos políticos atuais fazem pesquisas altamente específicas para que as notícias falsas sejam publicadas em redes sociais mais acessadas e assim são rapidamente assimiladas pela população, no Brasil, cada vez mais a população está conectada a internet e expostas a esses conteúdos, principalmente nas plataformas como  Facebook, o qual os brasileiros são 2,2 bilhões de usuários, e este número cresce exponencialmente, segundo o jornal A Folha. Desta forma, a falta de presença de monitoramento governamental é um grande fator para este comportamento.        Os meios midiáticos, portanto, são ferramentas de influência sobre os indivíduos, a vista disso são utilizadas como direcionados de posicionamento político de forma imparcial por meio de notícias tendenciosas aliado a falta de verificação dos usuários. Dessa forma, cabe ao poder Legislativo pelo Ministério da Justiça que os crimes virtuais ganhem 20% dos esforços de fiscalização e que os profissionais sejam altamente qualificados. Ademais, a criação de cursos extracurriculares sobre política devem ser criados pelo Ministério de Educação nas escolas, para que os alunos brasileiros tornem-se cidadãos críticos e informados, por consequência a assimilação superficial de notícias irá ser erradicada. É necessário que a educação seja visada neste quesito, de acordo com Immanuel Kant é nela que assolha os grande problemas da humanidade.