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Enviada em: 03/11/2018

É indubitável que as mídias sociais são muito utilizadas como fontes de informações pelos brasileiros. Não obstante, adquiriu um forte e amplo poder de difusão de conteúdo pela alta velocidade, dessa forma a manipulação indevida de dados e a proliferação de notícias falsas têm sido consideradas uma ameaça a estabilidade política. Por consequência, a falta de fiscalização governamental aliado à baixa capacidade crítica dos indivíduos acentuam esse fenômeno.        Dessarte, para Zygmunt Bauman a sociedade contemporânea vive em uma ''modernidade líquida'' cujo o pensamento ''quanto mais rápido é melhor'' torna-se máximo, à vista disso, os meios midiáticos se apropriam dessa efemeridade e publicam notícias de forma veloz e pérfidas aos fatos reais - fake news -, e nos períodos eleitorais esse comportamento apresenta-se como risco a política. Consoante a isso, é visto que 49,7% dos brasileiros sofrem influência de informações governamentais difundidas nas redes sociais, segundo o DataFolha. Tais conteúdos são assimilados pelos brasileiros de forma superficial e despretensiosa, todavia são capazes de direcionar os votos a cargos de extrema importância para funcionalidade do país.        Isto posto, o Governo Federal não possui estruturas, conseguinte, capacidade de fiscalizar os conteúdos publicados na rede digital, entretanto, essa postura necessita de uma avaliação cautelosa, uma vez que trata-se de uma linha tênue entre monitoramento - afim de evitar crimes cibernéticos - e invasão e privação de liberdade dos cidadãos. Destarte, é necessário que por todo o país as delegacias e os funcionários possuam estruturas para investigar e averiguar as notícias difusas, o que é incipiente no Brasil. Conforme é mostrado nas pesquisas do Ministério da Justiça apenas 16 estados do país contam com instituições apropriadas nesses crimes, o que corrobora para a escolha, por parte de grupos políticos, das redes sociais para difamarem seus opositores e se respaldam na ineficácia do Estado em puni-los.        Os meios midiáticos, portanto, são grandes mananciais de notícias no século XXI com alto teor influenciador, principalmente no setor político, que aliado a falta de sensatez crítica dos indivíduos e debilidade educacional são usadas como ferramentas de manipulação em massa. Dessa forma, cabe ao pode Legislativo a partir do Ministério de Justiça a criação de delegacias especializadas em crimes cibernéticos em todas as capitais do Estado, e a implantação desse setor nas repartições públicas no interior dos municípios, junto à especialização dos policiais a partir de cursos profissionalizantes. Ademais, é necessário que o Ministério de Educação implante uma matéria escolar  sobre sistema político brasileiro, para que assim o senso crítico seja desenvolvido na população.