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Enviada em: 04/11/2018

No universo ficcional de Matrix os seres humanos veem-se sujeitos ao total controle de suas ações pelas máquinas. De maneira análoga, percebe-se na sociedade contemporânea a manipulação do comportamento através da restrição de dados no ambiente virtual, o que tem causado tendenciosidade de informações e uma falsa ilusão de liberdade.     O jornal New York Times publicou recentemente uma matéria acerca da utilização de filtros na rede mundial de computadores para a manipulação de indivíduos. Segundo a notícia, empresas multinacionais utilizam-se desse artifício para moldar o conteúdo que chega ou não aos cidadãos. O jornal ainda informa que empresas como a Google tem vendido dados de seus usuários às grandes corporações, o que é lastimável para a concepção de confidencialidade de dados.     Convém analisar que os dados fornecidos são utilizados para a formação de uma indústria cultural. Com a Globalização, intensificou-se a padronização de costumes, um grande exemplo disso foi o Fordismo, que além de padronizar a produção, também foi um formador de ideias, como dizia Henry Ford, “qualquer um pode ter um ford, desde que seja preto”. No ambiente virtual ocorre de maneira semelhante, os filtros mostram um padrão de informação aos usuários, o que aos poucos, gera um costume, para desta forma as empresas poderem anunciar seus produtos, e concomitantemente tornarem susceptível a venda de seus produtos.     Diante da problemática abordada, tem-se, portanto, que o poder Legislativo, em junção com o Ministério da Tecnologia crie leis que controlem o acesso e o compartilhamento de dados dos usuários. Para isso, técnicos da TI devem desenvolver filtros que impeçam o tendencionamento de informações. Dessa forma, perceberá uma redução drástica na manipulação de indivíduos.