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Enviada em: 19/11/2018

Desde o início da terceira revolução industrial, no século XX, a internet e o acesso à informação foram cada vez mais facilitados. Com isso, no meio on line, o debate político, principalmente em época de eleições, vê-se inevitável e até mesmo benéfico para o crescimento intelectual de ambas as partes. Em 2018, porém, essa discussão saudável cedeu espaço para diversos tipos de discursos extremistas, fake news e afins.       O poder da rede on line é tamanho que essa foi a primeira eleição na história de nossa República onde, no segundo turno, quem competiu pelo governo da nação não foi quem tinha o maior tempo de propaganda eleitoral obrigatória em rádio e TV. Um dos candidatos tinha apenas oito segundos, porém milhões de seguidores nas redes sociais e uma galeria de vídeos incitadores de briga e polêmica a serem publicados.        Na última eleição presidencial americana, ocorrida em 2016, um fenômeno nunca antes visto tomou conta do país: se teve a primeira eleição da história ganha pela internet, com disseminação de notícias falsas e invasões de contas privadas. No Brasil, isso aconteceu este ano, quando o então presidenciável Jair Bolsonaro foi beneficiado por empresas que compraram pacotes de envio de mensagens por whatsapp para a disseminação de Fake News. Dentre os compradores, Luciano Hang, dono da Havan, conforme noticiado na “Folha de São Paulo” e no “El País”.        Com 2018 sendo um marco pelas diversas mudanças em vários âmbitos da vida em sociedade, principalmente pelo novo uso da internet, impende que este também seja um marco em relação à fiscalização nas redes sociais. Criar políticas mais rigorosas sob a detectação, investigação e punição de quem usa meios fraudulentos, Fake News ou discurso de ódio para ganhar votos têm-se como algo imperativo para a criação de uma política cada vez mais limpa e uma comunidade cada vez mais ética.        .