Materiais:
Enviada em: 23/11/2018

Não é de hoje que a internet tem sido utilizada para propagandas políticas. Um caso famoso em 2014 foi o Brasil247, um site de opinião pública que recebeu propina do governo como suporte para a plataforma do site que induzia notícias para defender o governo, na época, de Dilma Roussef. Em 2018, o uso de redes sociais para propaganda política foi muito discutido no período eleitoral, sendo o principal meio utilizado para tal.      Primeiramente, usar as redes sociais como meio de propaganda política não é crime. O crime está em inventar notícias falsas para promover ou denegrir a imagem de alguém e criar um esquema para divulgar essa notícia, chamada de "fake new". Durante o período eleitoral, cada candidato utilizou o seu método para conseguir opinião pública. Alguns partidos tinham até 2 minutos na televisão, outros tinham 5 segundos. Por isso, alguns candidatos utilizaram as redes sociais para fazerem as suas propagandas porque, além de ser grátis, tem-se o tempo que quiser para falar. Sempre, em período eleitoral, foram utilizadas notícias falsas para atingir o partido oponente. Especificando, desde 1989, PSDB e PT, se utilizaram desse método. Porém, nesse ano o assunto tomou conta das manchetes. Por quê? Porque pela primeira vez, um candidato considerado pequeno venceu os grandes, que não gostaram disso e tentaram manchar a reputação do candidato, que se chama Jair Bolsonaro.       Durante o segundo turno, as redes sociais foram, mais do que nunca, invadidas por apoiadores dos dois candidatos. O número de fake news aumentou, porém, dessa vez, as redes sociais foram o canal principal. O período eleitoral na TV também foi utilizado para espalhar fake news. Porém, só foi abordado fake news na propaganda do partido maior, o PT de Haddad. Isso foi porque o outro candidato, Bolsonaro, tinha uma boa base no Facebook, WhatsApp e Twitter, que tem inúmeras vezes mais acesso que a TV. Por isso, Bolsonaro teve uma vantagem que o permitia sobreviver sem depender do horário político. Algo mais importante que as fake news dos dois lados, foi a criminalização do uso das redes sociais. Muitas vezes, apenas o defender algum candidato nas redes era criticado e visto como um "crime político" e, por esse motivo, alguns militantes mais exagerados chegaram a pedir para o Tribunal Superior Eleitoral que censurasse o WhatsApp.       A televisão sempre foi usada para propaganda política. Ninguém nunca considerou isso crime. Portanto, utilizar as redes sociais para propaganda não deve ser crime tampouco. Pelo contrário, os usuários devem entender que eles são livres para discutirem, apoiarem e criticarem quem eles quiserem, contanto que não utilize isso para fins impróprios como foram as fake news. O uso das redes sociais para se manifestar politicamente não é um erro, mas sim um avanço.