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Enviada em: 26/11/2018

É Incontestavelmente fácil notar como cada vez mais as discussões saem do meio físico, e se tornam alarmantes no meio virtual. Não foi diferente com as discussões políticas acerca das eleições deste ano. De acordo com o impacto que as redes sociais tem causado nos debates e opiniões da população, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a propaganda eleitoral na internet como forma de garantir maior alcance político na sociedade. Tamanho foi o impacto dessa mudança, que candidatos aos cargos de presidente e governador, se viram obrigados a impulsionar propagandas nas redes sociais para ganharem notoriedade, e isso acabou causando controvérsias.     Pouco antes do segundo turno das eleições de 2018, surgiram notícias em grandes meio de comunicação nacionais, como a Folha de S.Paulo, que acusavam empresários de pagar campanhas contra Fernando Haddad (PT) por meio do Whatsapp, Twitter e Facebook, prática que seria ilegal, por se tratar de uma suposta doação de campanha não declarada. No entanto, poucas semanas após a aparição destas noticias na mídia, as próprias empresas indicadas desmentiram o caso, o que não foi o suficiente para cessar discussões a respeito da situação. De acordo com esse acontecimento, é possível notar a importância que tiveram as redes sociais nas últimas eleições, de modo que estiveram envolvidas em polêmicas tão grandes como a que foi apresentada.       A desinformação é um sério problema causado pelo uso irresponsável da propaganda política nas redes sociais, O jornal Gazeta do Povo analisou 76 noticias com grande repercussão no período eleitoral, apenas nove noticias mantinham um conteúdo verdadeiro (11,84%), 63 noticias eram falsas ou apresentavam conteúdo impreciso (82,90%), como citações fora de contexto e erros estatísticos. Outras quatro (5,25%) eram noticiais impossíveis de se verificar.  Como resultado, temos opiniões que se baseiam em acontecimentos e informações não factíveis, e consequentemente, discussões, debates e conversas que não chegarão a lugar algum. Ou seja, surgem mais eleitores desinformados decidindo o futuro do país.       Portanto, é extremamente necessário que haja o cumprimento das leis em vigor, em relação à autorização do TSE, sobre propaganda eleitoral nas redes sociais. Conforme foi dito, a desinformação pode causar graves problemas no eleitorado, e é de interesse nacional que essas adversidades sejam combatidas, em favor do progresso da nação. Por isso, o melhor caminho que o TSE pode tomar, é trabalhar em conjunto com as empresas de mídias sociais, para impedir o compartilhamento de desinformação política, multando em valores altos e suspendendo as contas nas redes sociais de quem o pratica, afim de garantir um cenário melhor para a democracia nas próximas eleições.