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Enviada em: 30/11/2018

No século XX, durante o período do Regime Militar no Brasil, sabe-se que o uso do rádio como propaganda governamental foi amplamente utilizado, principalmente, para influenciar positivamente a decisão dos indivíduos sobre o governo vigente. Analogamente, na sociedade atual, o uso dos algoritmos para decidir o que as pessoas querem ver ou ouvir em determinados aplicativos na internet cresce cada vez mais, entretanto, o uso desse tipo de estratégia faz com que a população fique a mercê delas e com possibilidade de serem influenciadas, o que acarreta em uma falsa sensação de liberdade e possível manipulação.    Em uma primeira análise, é nítido perceber que, a sociedade contemporânea já está na era cibernética, pois, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 65% da população brasileira com 10 anos ou mais já utilizou a internet. Com essa expansão, as empresas na internet buscam cada vez mais entreter o usuário, utilizando os algorítmos que usam as informações dos usuários (que são disponibilizadas por lugares como redes sociais ou pelo próprio aplicativo), com o intuito de melhorar o aplicativo para usuário.    Entretanto, as empresas buscam além de melhorar a experiência do usuário no aplicativo, promover seus interesses, seja com empresas parceiras, ou com anunciantes, por exemplo. Dessa maneira, as empresas tem influência direta no modo de pensar do usuário quando esse usa as redes sociais e aplicativos, e com isso, a comunidade virtual começa a ser manipulada, seja lendo revistas e notíticas selecionadas, ou vendo vídeos, todos buscando influenciá-los.   Portanto, ao analisar os aspectos abordados, torna-se imprescindível que mudanças sejam promovidas. O poder Legislativo deve criar uma lei em que empresas que atuam no Brasil sejam mais transparentes quanto ao uso dos algoritmos usados em seus programas. O Ministério da Segurança Pública ficaria responsável pela fiscalização e posterior divulgação dos resultados obtivos no site do Governo Federal, com a intenção de deixar o usuário com mais informações e com poder de decisão aumentado. Em suma, com uma maior transparência das empresas e com possibilidade de escolha dos cidadãos, reverteremos esse triste quadro no Brasil.