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Enviada em: 25/03/2019

É possível notar que as propagandas políticas, desde o advento da televisão, se tornaram uma fundamental peça das campanhas partidárias. De tal modo que, durante o regime nazista alemão estabelecido por Adolf Hitler entre 1933 e 1945, as atrocidades defendidas pelo líder só foram recebidas pela população graças a eficiente promoção feita, principalmente, pela Leni Riefenstahl e a capacidade oratória do Führer que despertou o que Nietzsche chama de moral de rebanho. Na atualidade, a internet se tornou o principal veículo de informações e, por meio das redes sociais, permitiu aos candidatos a eleição brasileira mais acompanhada de todos os tempos, entretanto, paralelamente a manipulação de informações compartilhadas formou motins que empecilharam aos debates.        De forma inédita, em 2018 o Brasil elegeu o candidato Jair Bolsonaro com apenas 8 segundos de rádio e televisão. Para tanto, a estratégia utilizada foi a divulgação na internet. A influência das redes sociais, da qual pelo menos 62% da sociedade faz uso, segundo a revista Exame, permitiu um alcance maior de público aos presidenciáveis que não possuíam coligações e contavam com pouco tempo nos canais de comunicação.        Entretanto, parte do sucesso das campanhas se deve a atuação persuasiva das fake news - notícias falsas -, termo que se popularizou, mas não de maneira satisfatória. Uma vez dispersos nas redes, por vezes até pelos concorrentes, os boatos junto das verdades dividiram a opinião dos eleitores, desviando a atenção das propostas. Notou-se que a população se polarizou em rebanhos políticos, de forma submissa e irracional, desfrutando do sentimento de pertencimento e poder proporcionado pela coletividade.           Logo, medidas devem ser tomadas pelo Estado para evitar a desmoralização do pleito eleitoral. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve promover o diálogo entre os grupos e reforçar o papel do Governo de apaziguador de interesses. É ainda necessário que se torne conhecido, além do termo, as ferramentas criadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para denunciar crimes eleitorais tanto quanto a dispersão de rumores infundados, como o Pardal. Da mesma maneira, sites de notícias, como o G1, estão disponibilizando plataformas para confirmar a veracidade, chamado Fake ou Fato. Dessa forma, os brasileiros desenvolveram a empatia e o senso crítico sobre as informações recebidas pelas redes sociais.