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Enviada em: 27/06/2019

Um fenômeno marcante das eleições brasileiras de 2018 foi o uso difundido das redes sociais no debate de pontos de vista políticos. Isso possibilitou uma maior participação de eleitores e candidatos. Entretanto, há pontos positivos e negativos no uso massivo dessa ferramenta tecnológica.       Positivamente, pois o uso das redes sociais traz visibilidade a aspirantes políticos de menor influência eleitoral. É incontrovertível que o cenário político brasileiro apresenta pouca inovação, sendo frequente a manutenção de indivíduos e famílias no poder durante longos períodos. Parte disso se deve ao acesso à mídia convencional. Neste sentido, o uso das redes sociais é capaz de propagar com eficiência e grande capilaridade as ideias dos candidatos preteridos pelos partidos. Além disso, ajuda a trazer a inovação e a inclusão social tão necessária ao setor       Negativamente, pela urgência infundada de compartilhar notícias. O caráter instantâneo da internet criou uma compulsão por novidades. Isso gera uma competição descabida na cobertura midiática, na qual a velocidade em repassar informações é mais importante que a garantia da integralidade delas ou, até mesmo, da veracidade. Isto favorece a disseminação de notícias tendenciosas e seu uso visando manipulação.       Desse modo, é necessário que o governo federal, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral, financie projetos educacionais que visem alertar sobre a confiabilidade das redes sociais na transmissão de notícias de caráter eleitoral. Utilizando uma ampla campanha publicitária, que inclua propagandas televisivas, entrevistas em jornais e debates com  especialistas e eleitores. Nesse sentido, tal medida tem por finalidade diagnosticar a capacidade de influência das redes sociais e a erradicação de seu uso pernicioso à democracia. Ação que, iniciada no presente, é capaz de alterar significativamente o futuro de toda sociedade brasileira.