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Enviada em: 24/03/2019

No conto 'Era no Paraíso', de Monteiro Lobato, é contada a história do surgimento do homem, o qual apareceu acidentalmente a partir de um macaco que, ao cair de uma árvore, desenvolveu a inteligência. Essa, segundo Jeová, o levaria a desejar o poder e, por isso, destruiria o mundo. Nesse viés, percebe-se que a atualidade caminha para situação análoga, pois a humanidade se desenvolve cada vez mais, sem levar em conta os impactos causados. Sobre isso, vê-se que a falta de um sistema de fiscalizações eficientes e de uma maior rigidez das leis ambientais dificulta a conciliação entre a preservação e o desenvolvimento.        Nesse contexto, os desastres ambientais, normalmente, são resultado de uma negligência das empresas e do governo no que tange aos gastos para a construção, os quais são elevados, e à fiscalização das obras. Acerca disso, deve-se citar os rompimentos das barragens de Mariana e de Brumadinho, que foram consequências de uma falta de vistoria, o que levou, além de um elevado número de mortos, à liberação de milhões de rejeitos que afetarão o ambiente por um longo período.        Outrossim, nota-se que a baixa rigidez das leis ambientais facilita a destruição do ambiente pelo homem, que procura somente o aumento de seu capital. No Brasil, a falta de uma legislação ambiental eficiente, que limite as áreas para a exploração e exija a reposição das árvores cortadas, tornou o agronegócio responsável pela emissão de 75% dos gases estufas emitidos pelo País, segundo o IBGE, pois muitas áreas são desmatadas e queimadas com o intuito de aumentar os locais destinados à pecuária e à agricultura.        Destarte, observa-se que a procura incessante pelo desenvolvimento precisa ser conciliada à preservação ambiental. Medidas como maiores investimentos governamentais em fiscalizações efetivas, com aplicação de multas e desativação de obras que possuem algum risco ao ambiente, devem ser adotadas. Além disso, as ONGs ambientais deveriam se organizar para exigirem uma maior rigidez das leis, por meio, principalmente, das redes sociais, constituindo uma ação conjunta com o intuito de mostrar a importância da conservação.