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Enviada em: 17/04/2019

O desenvolvimento da ciência e da tecnologia, no século 20, serviu tanto para promover a melhoria da qualidade da vida do ser humano, quanto para ampliar a sua capacidade de autodestruição. Entre as heranças nefastas do último século, encontram-se o desgaste sem precedentes dos recursos naturais, os efeitos lesivos da poluição do ar e das águas, a destruição das matas e da biodiversidade do planeta.        A preocupação com o meio ambiente não é um assunto novo. No Brasil, a Constituição de 1988 já enfatizava a necessidade da preservação. Em 1989, o Ibama foi criado para consolidar esse processo. Entretanto, em todo o mundo, desastres acontecem em decorrência do mau uso da natureza por parte do homem.        O primeiro grande debate mundial sobre os temas ambientais tem como referência a Conferência de Estocolmo, promovida pela ONU, na Suécia, em 1972. Até então, esse foi o maior evento de dimensão internacional dedicado exclusivamente à avaliação das relações sociedade e natureza. Porém essa conferência considerava que a conquista do desenvolvimento econômico era uma meta tão prioritária quanto a preservação do meio ambiente. Na verdade, o grande avanço de Estocolmo foi o de sensibilizar a sociedade mundial para os graves problemas ambientais que podiam e ainda podem colocar em risco a sobrevivência da humanidade.       No Brasil para equacionar essas variáveis, o teríamos de lidar com questões espinhosas no futuro próximo. Uma delas é a criação de um novo Código Florestal. Pelo atual, as propriedades rurais deveriam reservar uma parcela de suas áreas para a cobertura florestal (80% na Amazônia, 35% no cerrado e 20% no restante do território). Isso jogou milhares de produtores na ilegalidade. Se cumprida à risca, a lei traria redução da produção de alimentos e prejuízo para a economia estimado em bilhões de reais. Além disso, a norma funciona como um impulso da fronteira agrícola em direção às terras do cerrado e da Amazônia – mais baratas e menos fiscalizadas -, provocando mais desmatamento e mais queimadas.       Sanções ambientais, conferências e documentários sobre mudanças climáticas são algumas respostas à esses acontecimentos. Ainda assim, poucos parecem entender que o crescimento das nações não deve esgotar os recursos para o futuro, e que há maneiras para que isso seja possível como uma nova proposta de Código Florestal, conciliando o desenvolvimento agropecuário com a preservação, atualmente 90% dos produtores descumprem o código, ao mesmo tempo, se garante áreas de preservação permanente e multas para o desmatamento ilegal.