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Enviada em: 21/04/2019

Se a preservação ambiental está em conflito com o desenvolvimento, há erro no tipo ou no modelo de desenvolvimento considerado. Qualquer modelo destrutivo de desenvolvimento do tipo econômico está errado, pois a realidade física da natureza não o suporta, e então ele é um devaneio humano inaplicável ao real. O modelo atual de desenvolvimento econômico está errado, mas ao invés de trocá-lo por outro, fazem-se falsas melhorias. Com isto quero dizer que são realizados reparos em aspectos secundários deixando o problema principal intocado, apenas para expiar a culpa dos consumidores ou para desviar a atenção fixada nos produtores.   Para atingir o nível de desenvolvimento atual, a humanidade utilizou uma escala crescente dos recursos naturais. Infelizmente a utilização destes recursos renováveis ou não, foi feita sem planejamento objetivando somente o retorno imediato dos capitais investidos. Fortunas foram amealhadas, nações desenvolveram-se aceleradamente, deixando porém um passivo ambiental enorme, capaz de ameaçar a vida na Terra. Apesar da grande evolução científica, finalmente constatou-se que os recursos humanos, de capital, tecnológicos, de matérias primas e outros não são inesgotáveis. Segundo pesquisas, para que todos pudessem desfrutar do progresso experimentado pelas nações desenvolvidas seriam necessárias duas Terras e meia para suprir os requerimentos em recursos e energia.   Ao enorme crescimento populacional com a melhora do cenário econômico e a grande concentrações industriais e urbanas fizeram eclodir a preocupação ecológica. Inicialmente tímida, ligada mais a problemas estéticos do meio ambiente e a preservação da natureza existencial, não gozavam de prioridade dos governantes, cientistas e humanidade. No inicio dos anos 70, entretanto, devido a concentração industrial e urbana, a natureza começava a cobrar o desleixo com que fora tratada. Rios poluídos, atmosfera irrespirável, chuvas ácidas começaram a estampar as manchetes dos jornais e afetar o bem estar das pessoas. Iniciou-se então uma massificação das preocupações públicas e cientifica sobre os males do descaso ambiental. No início da década de 80, durante o domínio da globalização, a visão dos problemas ambientais como risco a civilização acentuou-se. Discussão sobre efeito estufa, destruição da camada de ozônio, e outros. O foco dos investimentos passa a ser não somente o retorno financeiro. Produzir mais e poluir menos passa ser a meta de todas as grandes companhias mundiais, pois tão importante como um bom retorno financeiro e a não associação de seus nomes e atividades com empresas ecologicamente irresponsáveis.