Materiais:
Enviada em: 31/07/2019

Os "rios voadores" são nuvens com alto potencial pluviométrico formadas na Amazônia e distribuídas por todo o território brasileiro, sendo responsáveis por grande parte das chuvas que ocorrem no Brasil. No entanto, o desmatamento desenfreado da Amazônia, motivado, principalmente, pela agropecuária, coloca em risco a existência dos rios voadores, por comprometer todo o regime de chuvas no país, os ecossistemas e, assim, a vida. Desse modo, o desmatamento (usado para se obter o desenvolvimento no modelo capitalista), aliado à ambição econômica, provoca um impasse entre os interesses e a preservação ambiental.  Em primeiro lugar, o desenvolvimento de uma região foi e é consolidado até os dias atuais pelo desmatamento, sem haver preocupação com as consequências ao meio em que se realiza a destruição da flora, não sendo, dessa forma, sustentável. Nesse contexto, Peter Singer, filósofo australiano, criou o termo "ética ambiental" para se referir que a conservação da vida humana está intrinsecamente relacionada com a preservação da vida de todos os seres vivos e de seus habitats. Assim, ao se desmatar, há a perda da flora que gera a perda da fauna, pois o meio em que estavam inseridos e os recursos necessários a sobrevivência dos animais, não existe mais, impossibilitando a existência e/ou permanência dos seres vivos naquele dado local. Sendo assim, o desmatamento na busca pelo desenvolvimento, inviabiliza a realização do desenvolvimento sustentável e com ética ambiental, fatores principais e necessários para a preservação do meio ambiente.   Por conseguinte, a ambição econômica que utiliza o desmatamento, como supracitado, e a exploração desenfreada por recursos naturais, busca sempre o lucro, sem se preocupar com os seus efeitos para o planeta e sua população. Nesse contexto, o presidente dos Estados Unidos, George Bursh, disse que para evitar uma recessão econômica, eles poluíram ainda mais, mesmo sendo a nação mais poluidora do mundo. Assim, a ambição por vias que produzem maiores e mais rápidos lucros, compromete o meio ambiente. Assim sendo, os interesses econômicos se sobressaem sobre a preservação ambiental, colocando em risco o planeta terra por meio do desmatamento e do esgotamento dos recursos naturais.  Para que o mundo e a vida sejam preservados, portanto, o Ministério da Educação de incluir a educação ambiental como disciplina obrigatória no currículo escolar - enfatizando-a na educação básica, pois é nessa fase que o indivíduo adquire suas bases intelectuais. Dessa forma, deve-se acontecer tal ação por meio da reformulação da grade curricular brasileira. A partir de tais ações, poder-se-á modificar a atual conjuntura ambiental com ênfase no desenvolvimento sustentável, pois a partir dele haverá a articulação benéfica e mútua entre os interesses econômicos e a preservação ambiental.