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Enviada em: 14/08/2019

A preservação do meio ambiente representa um desafio para a sociedade contemporânea. Isso é afirmado, pois o discurso sobre a importância da conservação ambiental promovido por organizações intergovernamentais a fim de promover a cooperação internacional dissocia-se das práticas sustentáveis realizadas por empresas resistentes às alterações promovidas ao modelo econômico tradicional. Portanto, medidas cujo objetivo seja alterar esse cenário devem ser apresentadas.    Em primeiro lugar, é necessário afirmar que a preocupação da sociedade internacional com a proteção ao meio ambiente em detrimento a manutenção do desenvolvimento econômico não é recente, visto que a 1ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o meio ambiente foi realizada em 1972, em Estocolmo, responsável pela 1ª Declaração Universal sobre o Meio Ambiente. Diante desses eventos promovidos pela ONU, em 1992, a sociedade internacional reconheceu, na Eco-92, no Rio de Janeiro, que as forças de mercado abandonadas à sua livre dinâmica não garantem a preservação ambiental. Desse modo, as nações simpatizantes com o sistema capitalista neoliberal comprometeram-se a adotar um novo modelo de produção baseado no modelo de desenvolvimento sustentável, responsável por aliar aspectos ambientais, econômicos e sociais.      Em segundo lugar, é preciso considerar que o poder público tem promovido estímulos em prol da sustentabilidade empresarial, tais como o favorecimento de financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) como incentivos à inovação sustentável em território brasileiro. Entretanto, a adesão às práticas sustentáveis por parte de empresas públicas e privadas ainda mostra-se baixa, uma vez que os seus gestores temem que a alteração do modelo empresarial vigente promova grandes gastos e a diminuição da produção e, consequentemente, queda em seus lucros. De acordo com os estudos desenvolvidos pela consultoria McKinsey, apenas 53% dos diretores executivos de grandes empresas se preocupam com a degradação do meio ambiente.      Portanto, é imprescindível que os governos continuem promovendo políticas públicas que incentivem o aumento percentual de empresas a adotarem práticas sustentáveis e econômicas através de programas que estimulem a implementação de sistemas de coleta de resíduos, reutilização de materiais, economia de energia, filtragem de gases poluentes, tratamento e reaproveitamento de recursos hídricos em suas empresas. Em conjunto, é essencial que o poder público divulgue projetos de educação ambiental a fim de conscientizar diretores executivos e demais colaboradores sobre a importância da preservação do meio ambiente por meio de palestras e de cursos online.