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Enviada em: 21/07/2017

Na atual conjuntura, com o crescimento exponencial da população mundial, que já passa dos 7 bilhões de pessoas, tornou-se de grandíssima importância a conciliação entre o aumento da produção e consumo de produtos agrícolas e industriais e a preservação e renovação dos recursos naturais utilizados. Tal conciliação é essencial para que possamos manter uma boa qualidade de vida para toda a população por muito mais tempo.     A chamada Pegada Ecológica, medida em hectares globais (gha), basicamente, relaciona a extensão territorial disponível e a necessária para produzir bens e serviços utilizados para manter certo estilo de vida de uma sociedade. Atualmente a biocapacidade, ou seja, a capacidade que a Terra tem de produzir recursos e absorver resíduos gerados, é de 1,7gha porém a media mundial é de 2,8gha. A pegada do Brasil fica perto de 2,9gha, um pouco acima da média mundial. Esses dados demonstram que estamos consumindo cada vez mais recursos além do que a Terra pode repor, tendo como consequência um impacto ambiental, cada vez maior, para que possamos manter  nossos estilos de vida. Mostram, também, ser necessária uma revolução no estilo de vida da população mundial, principalmente naqueles países considerados desenvolvidos, pois são eles os responsáveis pelas maiores Pegadas Ecológicas.      No cenário brasileiro, a relação produção-consumo também possui dados preocupantes. Desde, principalmente, a década de 70 do século passado, com a expansão da fronteira agrícola, o desmatamento para a produção agrícola, criação de gado e implantação de industrias vem aumentando cada vez mais. A expansão agrícola começou pelo Cerrado causando grande devastação através de queimadas e desmatamento, cerca de cinquenta por cento desse bioma já foi destruído, chegando anos depois na Amazônia, nessa para dar lugar, principalmente a criação de gado. A economia brasileira depende grandemente da agricultura e agropecuária. Para isso, por muitos anos, abriu-se mão da preservação ambiental em nome do desenvolvimento econômico, prejudicando-se fortemente a fauna e a flora nacional.      Com isso, nota-se que ainda há um grande desequilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental. Para alcançarmos, ou pelo menos nos aproximarmos desse equilíbrio, é necessário pelo menos duas coisas, uma é uma revolução na forma de consumo da população, optando-se mais, por exemplo, por produtos ecologicamente corretos e evitando-se desperdícios. A outra é a redução da procura por novos territórios agricultáveis, através do investimento do Estado em tecnologias para aumentar o rendimento das terras já ocupadas, diminuindo a necessidade de novas terras.  ocupar novas terras.