Materiais:
Enviada em: 21/09/2017

A segunda Guerra Mundial acometeu todas as esferas sociais dos países envolvidos no confronto, notadamente, a produção agrícola foi afetada, visto que, os participantes concentraram seus esforços na indústria beligerante. Nesse sentido, a partir de 1950, a política estadunidense conhecida como Revolução Verde atendeu à demanda alimentícia, mas o grande consumo de agrotóxicos para alimentar a cadeia produtiva criaram outros problemas, sendo discutidos na sociedade hodierna, inclusive brasileira, constituindo um desafio social, histórico, mas também ecológico.                                                                                                               Em primeiro plano, é válido destacar que o Brasil é recordista mundial na produção de defensivos agrícolas. Isso pôde ser notado a partir da década de 70, como extensão do plano norte-americano, em que a criação do Plano Nacional de Agrotóxicos e dos “complexos agroindustriais” foi responsável pelo elevado consumo destes produtos, que eram inclusive, financiados pelo governo para aumentar a produtividade. Assim, a “Revolução Verde brasileira” abria as portas para o desenvolvimento, mas fechava para a gestão da saúde pública, pois a falta de planejamento, bem como, o uso indiscriminado dos agrotóxicos desafiava a manutenção da produção limpa.        Em segundo plano, é importante destacar que além dos problemas na gestão pública de saúde, o uso intensivo de aditivos químicos causa desequilíbrios ecológicos. Ao serem consumidos, os insumos vão se acumulando nos organismos das cadeias alimentares, que ao serem agredidas produzem o chamado “efeito dominó ambiental”, sendo, uma mudança biológica capaz de alterar todo o ecossistema. Nessa premissa desenvolvimentista, Hobbes reitera que “o homem é lobo do homem”, pois os defensivos agrícolas tem o homem como seu maior consumidor, haja vista que, o ser humano está no topo das cadeias alimentares que participa.       Em suma, é preciso erradicar o uso inadvertido de agrotóxicos no Brasil. Para isso, seria conveniente que o governo em conjunto com a iniciativa privada reavalie o Plano Nacional de Agrotóxicos, bem como, a concessão de financiamento de defensivos, ainda distribua benefícios para os produtores que atuarem contribuindo para a manutenção do equilíbrio ecológico em suas regiões. Ademais, é importante a participação dos órgãos de saúde pública orientando os produtores e a sociedade, a fim de evitar maiores problemas ambientais, levando à compreensão de que é preciso produzir, mas é necessário preservar. PS: Senhor corretor, usei esse espaço devido a ausência de outro local na plataforma para deixar a mensagem. A redação acima foi enfatizada no tema: "O uso de agrotóxicos no Brasil". Não havia um tema com esse título na plataforma, esse foi o que mais se aproximou. Muito obrigada.