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Enviada em: 09/07/2018

Voto. Democracia. Direitos sociais       A ideia de voto surge junto com a democracia no século V a.C. em Atenas. Originalmente, o voto era permitido somente aos homens e aos cidadãos gregos. Nesse contexto, é possível comparar com a situação brasileira do período Imperial e com a República Velha, na qual o direito do voto era exercido somente por homens e pelos donos de latifúndios. Assim, após a redemocratização brasileira, o direito do voto é um meio de expressão dos anseios das minorias.       De certa maneira, o voto é uma ferramenta de síntese dos anseios populares no Estado. De acordo com Hegel, a dialética social é aquela na qual um grupo majoritário enfrenta um grupo minoritário e daí surge uma síntese. No contexto democrático, o voto é capaz de eleger indivíduos que podem lutar contra a ideologia do grupo majoritário, fazendo a criação de leis que permitam uma síntese de ideias opostas. Nesse sentido, a teoria de Marx sobre as classes sociais pode ser empregado, ou seja, a luta entre operários e burgueses, surgindo transformações sociais que favoreçam um convívio entre as classes. Logo, o voto é capaz de gerar uma relação amistosa entre os diversos anseios da sociedade.       Além disso, o direito de votar é uma maneira de formar leis que sejam amplas e que aumentem os direitos de certas minorias. Conforme Habermas, a sociedade deliberativa é aquela na qual todas as leis devem ser discutidas pela sociedade, assim, é capaz de gerar um sistema justo de direitos e deveres entre toda a população. O voto, assim, é a expressão direta de um anseio popular e a sua aplicação na esfera jurídica e legislativa. Além disso, com a sociedade deliberativa, a discussão permite a inclusão direta de certas minorias sociais, como os homossexuais, feministas, ateus, etc. Dessa forma, é evidente que o voto é extremamente importante para a manutenção de uma sociedade justa.       Portanto, o voto no Brasil é uma maneira de expressar os desejos populares e tem se mostrado eficaz. Anteriormente já dito, Jürgen Habermas estava correto ao criar o sistema de democracia deliberativa. O debate entre o Estado e o povo deve ser incentivado. Um modo é pela manutenção de espaços na Internet, através de sites como o E-cidadania e  Avaaz, que são de extrema importância, a população pode realizar petições ou fomentar a criação de uma lei. Além disso, o país pode comprar espaços em grandes emissoras de televisão para discutir as leis e os anseios sociais, seja através da participação pela Internet ou pelo telefone. Dessas maneiras, o governo poderá compreender melhor os desejos e as reclamações da população, a fim de empreender investimentos e manutenções nas mais diversas áreas.