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Enviada em: 09/05/2019

Durante o longo período do golpe militar, a luta pela democracia resultou em inúmeros protestos, por exemplo, o movimento "Diretas Já", 1984, que reuniu a população pelo direito às eleições diretas. No século XXI, o papel do voto ainda é uma questão. Sob tal ótica, é uma problemática o direito de votar como um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita, tanto pelo propósito dos governantes, quanto pelo desinteresse populacional.       Conforme Aristóteles, a política serve para promover a felicidade dos cidadãos, portanto, a conjuntura política atual falha com a população brasileira, por ocorrer um exacerbado descaso dos governantes com o bem-estar do povo. Mesmo com políticos engajados em determinadas medidas, o foco nos benefícios dos cargos é, em maioria, o foco dos governantes, fator comprovado nos escândalos de corrupção. Logo, fica comprometida uma real transformação do país, com opções de votos infelizes, já que os concorrentes almejam a política como lucro pessoal.       Além disso, de acordo com Durkheim, um fato da sociedade é a coercitividade, ou seja, uma pressão, externa ao indivíduo, para seguir certo padrão imposto pela sociedade. Nessa lógica, pela máxima popular "política não se discute", o padrão seria um distanciamento negativo do eleitor com o seu propósito, usar a conquista do voto como um ato político e não uma obrigação da lei. Com base nisso, pelo analfabetismo político, parte dos brasileiros não sabe o que cobrar para mudar a situação precária da sociedade, então ao votarem, sem conhecimento, perpetuam a calamidade da política brasileira contemporânea.       Em suma, são necessárias medidas afim de atenuar os impasses do voto como meio transformador social no Brasil. Nesse contexto, o Estado deveria promover o corte de diversos benefícios, em maioria supérfluos, com o auxílio de empresas privadas de logística - escolhidas por plebiscito, ainda mais, utilizar como base o salário e benefícios de professores universitários, para desvincular a imagem do lucro com o governo e atrair candidatos interessados no real objetivo da política aristotélica. Ademais, cabe ao cidadão acompanhar os avanços na política com a finalidade de quebrar o padrão. Enfim, a partir dessas ações, o presente poderá consolidar o objetivo da luta pela democracia, o avanço da nação brasileira.