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Enviada em: 01/04/2017

Lisura nas urnas   Voto censitário; Corte lusa; Voto cabresto; Voto feminino; Eleições diretas. Esses são marcos da história brasileira. Por se tratar de uma democracia com apenas 30 anos, a nação vem conquistando um processo eleitoral mais justo e com isso capaz de gerar transformações sociais necessárias.   Os brasileiros têm direito ao voto, porém ainda é uma tarefa árdua ir às urnas, pois transformar a quantidade em qualidade não é algo simples. O sufrágio é a maior arma da democracia e, entender a distância eleitoral exige dedicação e estudo sobre, principalmente, a história do país. As mazelas de um povo sofrido são reais e muitas vezes, incapacitantes.   Quando se observa um projeto de lei como o Escola Sem Partido, no qual se atribui seis deveres básicos ao professor em sala de aula, indica-se que o país está beirando o precipício. No Japão, por exemplo, o Imperador reverencia o educador, único profissional que merece tal gesto. Contudo, no Brasil, cercear as atribuições do mestre parece algo digno, visto que, para a política garantir uma massa incapaz de discernir e questionar, é esse o objetivo de fato.   As sufragistas são um exemplo de filme que retratou a conquista do voto feminino na Inglaterra, no final do século XIX, e mostra o quanto a sociedade deve lutar para que direitos sejam alcançados. Ativistas por transformações sociais enfrentam um período dicotômico, ama ou odeia, no país, abandonando discussões e debates importantes.   Sendo assim, no Brasil, a população conquistou o voto, todavia ele, sem instrução, é cabresto. A educação é a engrenagem-mãe para obter mudanças, pois, já dizia Einstein, loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual. As eleições precisam de mais do que transparência, necessitam de fiscalização durante o processo e o mandato como um "reality", usando as mídias e as redes sociais para exibir as ações dos eleitos. Além disso, manter canais de comunicação com os que elegeram garante um supervisionamento com mais êxito.