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Enviada em: 23/02/2018

Comícios estudantis. Diretas já! “Caras-pintadas.” O que se percebe de comum nesses movimentos é a maciça participação do público jovem. A luta para adquirir a liberdade e os direitos políticos foi muito bem representada, mas será que acabou? É preciso alertar a sociedade de que somente com o esforço comum e o ímpeto de bravura de nossos jovens poderemos concretizar a conquista alcançada, e verdadeiramente promover as transformações sociais de que o país necessita.        O direito de escolher, por eleições diretas, o próprio governante representou uma grande vitória no quadro político-social do Brasil. O movimento das Diretas Já foi o primeiro passo, e apesar de não ter alcançado de imediato seu objetivo, conseguiu acender na sociedade uma chama muito forte: a da necessidade de busca pela participação política a reivindicação de melhorias sociais.        Nessa perspectiva, o que se observa é que o voto é um instrumento muito valioso que foi dado ao eleitor brasileiro. É a nítida certeza de que algo pode ser mudado se as pessoas buscarem sua própria consciência política. Seria, no entanto, utópico pensar em conscientização se antes não for dada ao povo a noção dos seus próprios direitos. É necessário implantar nas instituições educacionais disciplinas que promovam justamente o ensino da cidadania, dos deveres e direitos, e de como lutar, de forma inteligente, por melhores condições sociais, políticas, econômicas e até afetivas.        Diante de um povo mais consciente de sua significância na política nacional, a inércia e a imparcialidade da sociedade serão deixadas de lado. Com a promoção de tais mudanças, o povo estará mais alerta para escolher seus candidatos e exigir, tanto antes quanto depois das eleições, a realização das promessas feitas durante o período eleitoral. A população não ficará mais míope, e conseguirá enxergar que a luta pelo interesse comum deve suplementar as vontades pessoais e partidárias, e que a participação popular, no voto e nos projetos, é de extrema necessidade e grandiosa responsabilidade.        O ensino dos direitos políticos, portanto, torna-se uma disciplina indispensável na educação do cidadão brasileiro. Educar baseando-se na equação “conteúdo+conscientização” irá, com toda certeza, promover o enriquecimento do quadro histórico nacional. Caso mudanças como essa sejam alcançadas, e se tornem uma nova conquista, assim como o direito de votar foi, não haverá mais dúvidas quanto ao voto ser facultativo ou obrigatório. Surgirá uma nova perspectiva de prosperidade dentro da sociedade, a participação será em massa e homogênea, e o povo realmente entenderá o verdadeiro significado da palavra democracia.