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Enviada em: 01/08/2018

Segundo a filosofa alemã de origem judaica Hannah Arent, o mal é produzido por homens e se manifesta onde encontra espaço. Diante desse pensamento, a violência no Brasil na maioria das vezes corresponde a vulnerabilidade de pensamento, onde a banalidade do mal se instala. Nesse contexto, devem-se analisar a desigualdade e injustiça social, que fazem muitos optarem pela vida do crime.     Em primeira análise, o país é marcado pela desigualdade social que afeta o espaço de escolhas na vida de muitos brasileiros. Isso se explica pelo fato de muitas pessoas crescerem na extrema pobreza e não apresentarem perspectiva nenhuma além do crime. Em consequência disso, a criminalidade que é ligada a violência torna-se presente na sociedade brasileira e potencializa-se junto com as diferenças sociais.    Além disso, conforme o crítico literário Afrânio Peixoto, a injustiça é a mãe da violência. Em muitos casos, brasileiros inocentes morrem diariamente vítimas de latrocínio - furto seguido de morte - e de balas perdidas de confrontos entre facções e a polícia. Um exemplo disso, foi o estudante Marcos Vinícios, 14 anos, vítima de bala perdida no Complexo da Maré, morto quando ia para a escola. Logo, as pessoas que lutam contra a injustiça da desigualdade, morrem no meio do caminho por causa da insegurança que é fruto da violência.    Torna-se evidente, portanto, que a problemática da violência no Brasil relaciona-se com a disparidade social. Cabe ao Governo Federal, junto ao MDS - Ministério de Desenvolvimento Social- e o MSP -Ministério de Segurança Pública- promover projetos sociais que evitem a entrada de muitos jovens no mundo do crime, por meio de palestras que mostrem as consequências da criminalidade e da violência na sociedade, incentivando o pensamento de paz, além de subsidiar crianças carentes para serem educadas e protegidas das áreas de perigo do país. Com isso, a longo prazo, a violência diminuirá através da dignidade social e da educação. Assim, a mente das futuras gerações não terá espaço  para a banalidade da violência.