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Enviada em: 15/08/2017

De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês falecido em janeiro deste ano, a velocidade é a principal marca dos dias de hoje. Nesse sentido, a rapidez que caracteriza a pós-modernidade afeta negativamente diversos aspectos da vida cotidiana, dentre eles, a relação das pessoas com o aumento da violência urbana. Um grave reflexo dessa conjuntura, é a alarmante desigualdade social, bem como a falta de segurança vivenciada pela sociedade. Logo, é imperativo que o poder público e a sociedade se unam para enfentar esse problema.         O aumento notório da violência urbana ocorrido nas últimas décadas deve-se a inúmeros fatores, dentre tantos, temos a desigualdade social, que como é de conhecimento público, é um dos maiores problemas do país. Tal fato é associado ao atual modo consumista da sociedade brasileira, na qual o ter em detrimento do ser é valorizado e divulgado pela mídia de massa. Enetanto, devido às diferenças socioeconômicas, nem todos podem ter acesso ao que se é desejado. Em decorrência disso, em muitos casos, a maioria opta por caminhos alternativos para obtê-los, que são, frequentemente, ligados a criminalidade, ferindo a dignidade de cada cidadão gerando um grande sentimento de revolta. Dessa forma, esse problema poderia ser amenizado com uma melhor educação, pois como diz Nelson Mandela, a educação é a arma para mudar o mundo.         O artido 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, do qual o Brasil é signatário, assegura a todo indivíduo o direito à liberdade, à segurança e à vida. Essa tríade de garantias, entretanto, está em xeque por conta dos insistentes casos de violência nas cidades. É fato que o Brasil investe em segurança, como extrai-se dos dados emitidos pela revista Época, porém não é a realidade vivenciada atualmente. Apesar dos investimentos, a falta de policiamento e de leis eficazes são as principais causas da crescente criminalidade no Brasil. Dessa forma, faz-se necessário coibir com veemência essa violência, posto que toda vida humana é inestimável.         À redução da desigualdade social aliada ao aumento da segurança são, portanto, os caminhos que precisam ser trilhados pela sociedade objetivando combater a violência urbana. Para tanto, o Ministério da Educação deve aperfeiçoar o sistema educacional para proporcionar aos alunos, principalmente da rede pública de ensino, igualdade de competição para ingresso nas universidade com intuito de oportunizar melhores condições socioeconômicas. Ademais, o Ministério Público deve ter uma participação concreta juntamente com a capacitação das polícias para agir nas causas de violência. Concomitante a isso, o Legislativo deve propor não apenas revisão das leis, como também a criação de novas leis que sejam mais rígidas e que levem em conta à dimensão continental do Brasil.