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Enviada em: 05/04/2018

A naturalização da criminalidade no Brasil se dá por processos históricos e econômicos de desigualdade. Diante disso, é indubitável que, além de os fenômenos de violência se encontrarem em todas as esferas da população, os limites éticos e morais de uma sociedade civilizada estão sendo esquecidos e desrespeitados. Dessa forma, o combate a este mal deve ser considerado como objetivo coletivo, urgente e inadiável.    Infelizmente, a banalização dos atos ilícitos se tornou comum no cotidiano de toda a sociedade brasileira. Nesse âmbito, a população ao invés de discriminar atitudes bárbaras e se contrapor a tais, revela-se complacente e em muitas vezes incita. Logo, ao se analisar a enorme repercussão da música, " Que tiro foi esse", da cantora Jojo Todinho, vê-se, notoriamente, que a falta de senso crítico dos cidadãos em interpretar um texto que faz alusão a uma bala perdida, gera um sentimento comum de despreocupação com a realidade de altos índices de homicídio, estupro, entre outros crimes hediondos.      De acordo com a filosofia socrática, " a ética do coletivo deve ser superior à ética do individual, para fim de não se fomentar a desordem e o caos". Contudo, atualmente no Brasil, a certeza de impunidade e as brandas penas, instaurou uma inversão de valores éticos e morais de educação, respeito e amor ao próximo, e implantou raízes de normalidade das selvagerias cometidas uns aos outros. Em decorrência disso, o medo da repreensão a atos delinquentes foi perdido, e as práticas se tornaram parte comum da rotina de um cidadão brasileiro.    Diante do que foi mencionado, portanto, medidas devem ser tomadas. Faz-se necessário que o Poder Executivo, por meio do Ministério da Educação, promova melhorias nas condições de ensino, como: criação de disciplina em que se discuta os valores éticos e morais de um cidadão e seu comportamento na sociedade. Ademais, a mídia e a população devem realizar manifestações contra a violência, para que o governo se intimide e garanta maior segurança e justiça aos infratores.