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Enviada em: 16/07/2018

"Sem um fim social, o saber será a maior das futilidades". A frase do cientista social Gilberto Freyre faz alusão à importância da preocupação com as questões sociais. Porém, desde a Revolução Industrial, crianças vêm trabalhando e prejudicando sua infância. Assim, deve-se analisar como a herança histórica e a omissão do Poder Público prejudicam a questão na atualidade.       A herança histórica é a principal responsável pela manutenção do problema. Isso decorre do século XIX, quando a sociedade recém- industrializada passou a contratar crianças nas fábricas pelos baixos salários pagos. Analogamente, a sociedade então, por tender a incorporar costumes de época, incorporou essas atitudes e passou a reproduzi-las. Outrossim, cada vez mais crianças deixam sua infância de lado e passam a fazer trabalhos informais, fato esse, que prejudica o desenvolvimento social e escolar dessas.       Atrelado à sociedade, nota-se que o Poder Público negligencia os direitos das crianças. Isso porque, embora a Constituição Federal de 1988 garanta o amparo em crescer em condições necessárias de saúde, educação e lazer, o Estado impede a efetivação de muitas conquistas que constam nessa legislação, pois os interesses socioeconômicos de alguns setores se sobrepõem à fiscalização das leis. Por conseguinte, menores de idade não têm seus direitos efetivados e acabam exercendo trabalhos na infância, os índices de trabalho na infância só crescem e são alarmantes.       Em síntese, nota-se que o problema é historicamente prejudicado pela sociedade e pelo Estado. O Governo Federal, portanto, por meio do Ministério da Justiça, deve criar projetos que ofereçam bolsas educativas e auxiliares à crianças necessitadas, por meio de visitas nas escolas, com assistentes sociais que busquem menores necessitados de ajuda, a fim de reduzir o número de crianças  trabalhando. Consequentemente, o ideal defendido por Freyre, será de uma vez por todas, respeitado.