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Enviada em: 29/07/2018

A problemática do trabalho infantil surge durante a Revolução Industrial, quando crianças passaram a ser amplamente exploradas como mão de obra barata pelas indústrias emergentes. Atualmente, o IBGE estima que cerca de três milhões de crianças e adolescentes brasileiros estejam submetidos à atividades econômicas, isso evidencia a urgência de medidas que possam abolir a exploração infantil.       "Até que um dia eu tive que largar o estudo, e trabalhar na rua sustentando tudo, assim sem perceber eu era adulto já", assim como na música de João Nogueira, muitas crianças brasileiras têm sua infância roubada pela necessidade de contribuir com a renda familiar. A pobreza é o principal fator que torna a criança vulnerável à exploração, uma vez que a família necessita da renda adicional. O problema se agrava ainda mais quando a criança abandona a escola e compromete a sua educação.       Não mais restrito às fábricas, o trabalho infantil está nos mais diversos cenários; na agricultura, nos semáforos, no tráfico de drogas, na prostituição infantil, dentre outros. Além de ter o seu desenvolvimento educacional e psicológico afetado, as crianças também colocam em risco a sua integridade física exercendo atividades de alto risco. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é responsabilidade de toda a sociedade garantir que a infância e a adolescência seja protegida desses danos, no entanto o problema continua com pouca visibilidade.       Diante dos argumentos levantados, torna-se necessário intensificar a fiscalização do trabalho infantil e a conscientização da população. A aprovação do projeto de lei que criminaliza toda a forma de trabalho infantil é um grande passo para a mudança desse cenário, e por isso merece a atenção breve da Câmara dos Deputados. Em sequência, a criação e divulgação de um canal de denúncia, é importante para integrar a participação popular. Os professores são importantes agentes nessa causa, portanto a atuação do MEC com projetos que visem instruir docentes a identificar e encaminhar famílias afetadas, é essencial.