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Enviada em: 02/09/2019

Durante a Revolução industrial houve um aumento significativo na produção com o advento da máquina a vapor. Um dos principais benefícios foi o aumento da produtividade, reinventando novas formas de organização social. Todavia, há questões problemáticas quanto ao assunto, como é o caso da exploração da mão de obra infantil. Esse problema, cuja causa relaciona-se com o contexto sociocultural, gera consequências negativas, como a vulnerabilidade social, paralela à normalização do trabalho infanto-juvenil. A priori, é importante ressaltar a discrepância socioeconômica como fator crucial para o problema. Com o advento das Revoluções Burguesas e a implantação do sistema econômico capitalista, conceitos inovadores foram descobertos, tal como a possibilidade de ascensão social. Entretanto, a meritocracia defendida pelo sistema capitalista não leva em conta as desigualdades de oportunidades para que isso aconteça de forma equânime e democrática. Dessa forma, muitos jovens veem-se obrigados a exercer uma atividade remunerada para ajudar na subsistência da família. No livro “Ensaio sobre a cegueira”, do escritor português José Saramago, os personagens do enredo são acometidos com uma cegueira súbita, sem nenhuma explicação cientifica para o ocorrido. Hodiernamente, no Brasil, existe um processo de invisibilização do trabalho infantil, onde a sociedade, por meio do processo de adultização, que é comumente normalizado pela comunidade e visto como algo comum, a exemplo de serviços de vendedor ambulante, engraxate, coleta de mariscos entre outros. Faz-se necessário que também se leve em consideração os danos físicos e psicológicos que esse tipo de prática pode acarretar à a população infantil, que está exposta a possíveis traumas decorrentes das atividades exercidas. Mediante a situação exposta, torna-se necessário, assim como na lógica da Revolução Industrial, assegurar que medidas sejam aplicadas. Portanto o Governo Federal deve ampliar os programas profissionalizantes pra garantir a empregabilidades dos responsáveis pelo provimento familiar por meio de parcerias com ONGs e intuições de ensino técnico visando a capacitação de jovens e adultos para caucionar direitos básico assegurado a criança e adolescentes por meio do ECA. Além disso, o Ministério Público - órgão responsável pelos interesses coletivos e individuais, realizar ações de fiscalização através de órgãos investigativos da Polícia Federal com o objetivo de fiscalizar e punir empresas ou responsáveis pelo emprego de mão de obra infantil.