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Enviada em: 01/04/2017

Semeando possibilidades   O trabalho dignifica o homem, e não a criança. Um país que, em 2004, apresenta mais de 5 milhões de crianças e adolescentes trabalhando é alarmante. Garantir que essa população infantil seja assegurada é de extrema urgência e significa investir no futuro do país.   Xisto Medeiros qualifica, entre outros, como é cruel o trabalho nessa fase da vida, porém o risco está de fato relacionado à ocupação como prostituição ou trabalhos que colocam em risco a integridade física e mental do menor. Sendo assim, o entendimento sobre o que é definido por leis que se encontra no Estatuto da Criança e do Adolescente é indispensável.   Esse problema não é recente, as raízes culturais brasileiras são marcadas por uma sociedade patriarcal e, desse modo, o trabalho é considerado como uma forma de educar e ensinar o ofício para os filhos, protegendo-os, inclusive, da marginalidade.Outro modo que confirma a redução de futuros infratores são os cursos profissionalizantes ministrados em escolas da região.   Paralelamente aos cursos técnicos, o esporte e a arte podem ser, no primeiro momento, a opção por um caminho diferente. É comum encontrar desportistas que eram apenas frequentadores, de escolinhas, disputando medalhas nas Olimpíadas, oriundos de projetos sociais. Vale ressaltar ainda os grupos culturais como o Nós do Morro, projeto carioca que tem como objetivo aproximar crianças carentes da realidade do asfalto. Esse projeto funciona como escada para novos atores protagonizarem produções nacionais.   A fiscalização sobre os abusos às crianças e aos adolescentes é algo que deve ser conduzido de forma austera para que os prejuízos possam ser extintos. Os cursos profissionalizantes, bem como o ensino do ofício familiar devem ser mantidos, preservando o ensino regular para que eles tenham o direito de escolha profissional futuramente. Além desses atributos profissionais, assegurar que o lúdico e a vocação estarão sempre presentes em uma fase que semear sonhos é de suma importância.