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Enviada em: 31/05/2017

Na Inglaterra, durante a Revolução Industrial no século XIX, a presença de crianças e adolescentes nas fábricas eram comuns, sendo mal pagos e executando trabalho de vários adultos. Muitos, além de sofrerem amputações por acidentes com máquinas, acabavam morrendo vítimas das condições precárias e exploratórias da época. No século XXI a realidade é semelhante, muitos jovens acabam vítimas de exploração sexual e trabalhista, ocorrendo, inúmeras vezes, o afastamento do ambiente escolar.     O Brasil é um dos países com índices altos de exploração infanto-juvenil, sendo a classe periférica mais prejudicada. Os reflexos do período escravocrata são sentidos até hoje, negros e pardos são as maiores vítimas do sistema exploratório atual. Muitos vindo de favelas, são atraídos com proposta de dinheiro fácil - nas indústrias ou clubes noturnos - sendo retirados das escolas com pretexto de melhores condições para seus familiares. Tornam-se presas fáceis de grandes empresas que visam baixos custos com altos lucros, sendo manipulados pela sociedade, obtendo suas vidas interrompidas por trabalhos que sugam o desejo de futuro melhor.     Com a crença social de que pessoas com baixa renda não terão ascensão por estudo, diversas famílias de classes periféricas incentivam seus filhos à largarem a escola e ir trabalhar, com essa massificação ideológica, diversos aliciadores aproveitam a conivência familiar para enfraquecer as diversas leis brasileiras que visam proteger crianças e adolescentes. Acabando por naturalizar a degradação e inferiorização dos jovens, lhes tirando a escolha de mudar sua vida e a educação que lhe é de direito.     Projetos sociais nas escolas que visam evitar a entrada dos jovens nas ruas com medidas que valorizam o potencial de cada um, através de incentivo e informações, além de programas midiáticos onde mostrem às famílias o direito e a possibilidade de crescer sem vincular seus filhos de forma prematura ao mercado de trabalho, com exemplos reais da comunidade. Leis com punições e multas mais altas, para que sirvam de apoio no incentivo estadual com a contratação de fiscais para circularem nas ruas e indústrias à procura de menores são medidas para diminuir o caos social.