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Enviada em: 06/06/2018

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche trouxe em suas obras a ideia do Niilismo, o qual diz respeito a um estado onde o homem não vê perspectiva ou necessidade em mudar. Dessa maneira, sendo o ser humano acomodado com sua situação, é necessário que haja uma força externa que o impulsione a evoluir. De semelhante modo, se o indivíduo não vê na leitura uma ferramenta de transformação, o Estado deve introjetar nele a importância da leitura. Nesse sentido, deve-se combater a elitização da cultura e a falta de incentivo governamental, que dificultam a democratização do acesso à informação.       Vale discutir, precipuamente, que a grande maioria da informação é veiculada através das tecnologias, como computadores e celulares. Entretanto, o acesso a tais ferramentas não é democratizado e não há incentivo estatal para torná-lo mais acessível, uma vez que eles são caros e a lógica de mercado preza pela lucratividade. Além disso, tendo como base os pensamentos de Nietzsche, se não há um governo que priorize a educação em detrimento de apenas formar mão de obra, os próprios cidadãos não verão necessidade de evoluir intelectualmente e socialmente, tendo em vista que a cultura de ler não é um hábito valorizado em toda a nação. Logo, deve-se mudar tal realidade.        É relevante salientar, ainda, que é de extrema importância ter um população bem informada e instruída. Nessa perspectiva, a educação não deve ser para formar meros trabalhadores e sim para formar indivíduos com bases morais que os levem a transformar o meio em que vivem. Nesse sentido, quando se investe nos pilares, evita-se gastar verbas remediando os problemas. A exemplo disso, no Japão pouco mais de 4% dos jovens não concluem o ensino básico, enquanto no Brasil, segundo a OCDE(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), esse índice eleva-se para os 34%.Desse modo, o nível de conhecimento e instrução dos japoneses é maior, o que é provado pelo quinto lugar desses no ranking do Pisa(Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) em 2017. Portanto, é preciso dar perspectiva aos indivíduos através da valorização da prática da leitura.        É evidente, dessa forma, que cabe sobretudo ao Estado a função de incentivar o hábito da leitura. Nesse sentido, o governo municipal deve investir na criação e na melhoria da infraestrutura de bibliotecas públicas, desenvolvendo um meio propício à leitura, como ambientes organizados que disponham de assentos, a fim de construir um atmosfera de leitura. Outrossim, as ONG’s, em parceria com a iniciativa privada de editoras e livrarias, podem levem livros para as comunidades, realizar teatros infantis baseado nos livros e, posteriormente, distribuí-los entre as crianças, com o objetivo de incentivar o interesse nos pequenos .