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Enviada em: 29/08/2018

Ruth Rocha, importante pedagoga brasileira, afirma que o caminho para o Brasil atingir, de fato, o sucesso em níveis econômicos, culturais e sociais, é o desenvolvimento de cidadãos leitores. No entanto, a realidade do país não colabora para isso, uma vez que os seguintes desafios devem ser superados: o papel de parte das famílias que, em geral, não estimulam a leitura; e a negligência do Estado em relação às educação. Esses fatores, portanto, apresentam-se como barreiras para a formação de leitores proeficientes no Brasil.     É importante ressaltar, a princípio, como a falta de estímulo ao hábito de leitura contribui para a problemática em questão. Em grande parte dos lares brasileiros, os filhos não são introduzidos ao universo dos livros desde pequenos; pelo contrário, muitos são os pais que preferem entreter seus filhos com jogos eletrônicos e programas televisivos, ignorando a necessidade de desenvolver nos petizes o hábito leitor. Essa conjuntura contribui para a perpetuação do inexpressivo número de livros lidos, em média, pelo brasileiro, que, segundo a "Revista Galileu", é cerca de três livros ao ano. Assim, fica evidente a necessidade das famílias abandonarem a postura alheia à leitura, a fim de que seus filhos se tornem leitores proeficientes.    Além disso, a educação precária oferecida pelo Estado é responsável pela deficitária capacidade leitora do brasileiro. Em uma reportagem de denúncia feita pelo "Fantástico", da Rede Globo, foi mostrado um mecanismo bastante nocivo à formação de leitores: muitas escolas brasileiras são proibidas de reprovarem seus alunos. Nesse sentido, muitos alunos terminam o colegial sem que possuam as condições necessárias para uma leitura competente e crítica. São formados, portanto, analfabetos funcionais, incapazes de, por meio da leitura, interpretar com criticidade a realidade em que vivem.      É fundamental, então, a elaboração de medidas que eliminem os desafios para a formação de leitores proeficientes. Nesse contexto, é importante a ação conjunta entre as escolas e famílias, por meio de projetos pedagógicos que incentivem os pais a lerem juntamente com seus filhos. Esses projetos podem oferecer bonificações aos alunos que mais leram durante o ano letivo, atitude que servirá como estímulo para os pais e filhos desenvolverem o hábito de leitura. Além disso, o Ministério da Educação deve revogar a ação que proíbe a reprovação de alunos em escolas públicas, bem como melhorar as condições para o desenvolvimento do hábito leitor, por meio da construção de bibliotecas. Com essas atitudes, devido à formação de leitores proeficientes, o caminho proposto por Ruth Rocha será realidade.