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Enviada em: 19/10/2018

“Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”. Tal afirmação destacada pelo filósofo Aristóteles, evidencia que os seres humanos têm uma natureza tendenciosa de buscar conhecimento, e indubitavelmente, a leitura é o melhor meio para se alcançar esse desejo. Em contrapartida, pesquisas revelam dados extremamente baixos de uma população que não possui o hábito de ler. Dessa forma, fica claro que apesar de os indivíduos desejarem conhecimento, há diversos obstáculos sociais que impedem esse crescimento, e aqui nos cabe entender as motivações dessa deficiência na sociedade.      Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a leitura é uma importante ferramenta no enriquecimento pessoal dos indivíduos. Em uma entrevista ao Ministério da Educação (MEC), Lucília Garcez, escritora e doutora em linguística, disse que a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, pois promove uma “expansão” do cérebro. Logo, ler desenvolve o senso crítico e forma uma população mais pensante acerca dos problemas. Contudo, uma pesquisa realizada pelo IBOPE, evidencia que somente 50% da população brasileira é considerada leitora, como também, são lidos, em média, apenas quatro livros por ano. Ainda mais, o mercado tem dificultado bastante o acesso aos livros por parte da população menos abastada, visto que o preço de custo desses materiais em lojas físicas, só aumenta.    Destarte, a educação escolar tem papel fundamental no incentivo ao hábito de leitura dos estudantes. É dever da escola, como instituição formadora de opinião, promover aos alunos o conhecimento acerca de como a leitura transforma a vida das pessoas, fazendo isso por meio da leitura diária e livros obrigatórios. Porém, o que se observa atualmente são escolas, públicas e privadas, que focam somente em provas e vestibulares, esquecendo completamente que é seu dever formar indivíduos criticamente pensantes, para que se ocorram mudanças na sociedade. Não obstante, em alguns estados, como Sergipe, as escolas se preocupam com os baixos índices, e como exemplo disso, em 2014, promoveram um evento de incentivo à leitura e escrita, com premiações para os participantes.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se ocorrerem mudanças para que os índices de leitura possam aumentar. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação, em parcerias com o setor privado, promova nas escolas, projetos de incentivo à leitura, como por exemplo: dada uma quantidade de leituras obrigatórias, premiar os alunos com e-books, tendo em vista que o custo dos livros digitais é menor que os físicos; e incentivando ainda, uma consciência ambiental pelo não uso de folhas de papel. Ademais, as prefeituras municipais em consonância com ONGs devem criar campanhas de doações de livros para bibliotecas públicas, a fim de gerar uma leitura habitual sem custos. Pois como ratificou o educador brasileiro, Paulo Freire: “É preciso que a leitura seja um ato de amor”.