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Enviada em: 24/03/2019

O movimento Iluminista, no século XVIII, fez emergir no mundo ideais antropocêntricos e a valorização da razão em detrimento do mítico. Hodiernamente, a ordem mundial tange cada vez mais os indivíduos para os aspectos leitores, visando desenvolver uma sociedade crítica, tendo em vista, que a competência leitora é um fator promotor desse cenário. Nesse sentido, é mister que devem ser tomadas medidas que estimulem a aquisição da competência leitora no país.  A priori, o Brasil é um país em desenvolvimento e que conforme a constituição promulgada em 1988, deve ser fomentada uma educação de qualidade e universalizada. No entanto, esse princípio constitucional é negligenciado e restrito a uma pequena parcela da população, contribuindo para o analfabetismo. De acordo com Paulo Freire, educador brasileiro, a leitura de mundo precede a leitura da palavra, nessa perspectiva, uma sociedade que não lê, é refém de uma cultura alienável e ainda, sem uma postura crítica quanto ao desenvolvimento do seu papel social.  Outrossim, Dahrendorf, no livro “A lei e a ordem”, destaca que a anomia é uma condição social em que as normas que regulam o comportamento das pessoas perdem sua validade. Analogamente, no Brasil, esse fator assemelha-se a falta de políticas eficazes de incentivo à leitura, o que contribui, veementemente, para a segregação social, de modo que o ato de ler é um fator que agrega e possibilita a viabilização da formação de cidadãos éticos e críticos, em detrimento da exposição à conjunturas sociais pautadas na alienação.  Diante disso, é fato que uma sociedade leitora tende a formar cidadãos morais. Destarte, faz-se necessário que o governo federal, por meio do Ministério da Educação – órgão que gerencia políticas educacionais no país – institua políticas de incentivo à leitura, desde a educação básica até o ensino superior, de modo a alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a ponto de promover a obrigatoriedade, nas escolas e universidades, do desenvolvimento da competência leitora. Ademais, fortaleça programas como o “Brasil Alfabetizado”. Assim, teremos um país mais justo e com cidadãos críticos.