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Enviada em: 19/04/2019

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra". A declaração do filósofo Paulo Freire permite refletir sobre como a falta de leitores no Brasil representa um desafio que deve ser enfrentado de maneira mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém serem analisadas as principais causas no cotidiano. Isso se evidencia não só pelo ensino público precário, como também pelo ambiente social.     A educação é o fator principal no desenvolvimento de um País. Atualmente, ocupando a nona posição da economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na leitura escassa da população. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, apenas 50% da população brasileira lê periodicamente. Diante do exposto, é inadmissível que um país com um PIB tão alto, não tenha um ensino público de qualidade.   Ademais, o convívio com pessoas que não possuem o hábito de ler, por terem sido criadas em grupos com os mesmos costumes, ajuda nessa problemática. Segundo o filósofo grego Platão, o mundo pode ser dividido em duas realidades: o sensível, que é percebido pelos cinco sentidos e o inteligível, que se alcança apenas com a racionalidade. Dessa forma, a sociedade deve sair do mundo sensível e buscar sempre o mundo inteligível para um melhor desenvolvimento da nação.   Portanto, medidas devem ser tomadas para aumentar o número de leitores no Brasil. Logo, o Governo Federal, junto ao Ministério da Educação, deve instituir nas escolas, palestras ministradas por filósofos, com o objetivo de mostrar a importância da leitura no cotidiano, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na caverna de Platão. Dessa forma, o Brasil poderia aumentar o número de leitores.