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Enviada em: 26/07/2019

A Constituição Federal Brasileira garante aos brasileiros a inviolabilidade do direito à educação. No entanto, a dificuldade no acesso à leitura impossibilita que muitas pessoas desfrutem dessa prerrogativa, impedindo que estas usufruam do poder transformador da leitura. Nesse contexto, não há dúvidas de que essa situação é um desafio social, a qual ocorre devido não só pela precarização dos serviços públicos de educação, mas também pelo poder de alienação das redes sociais.    Vale destacar, de início, que umas das principais motivações para essa questão é a precarização dos serviços público de educação. Isso porque a falta de estrutura das unidades de ensino e das bibliotecas comprometem a leitura em escala nacional. Isso se explica porque, apesar da Lei Maior garantir o direito à educação, a má gestão dos recursos públicos e a corrupção afetam a qualidade dos serviços prestados, dificultando o acesso à leitura e desestimulando este hábito pela população.    Faz‐se mister, ainda, salientar o alto poder de alienação das redes sociais como impulsionadora do tema. Visto que facebook e instagram são ferramentas de grande impacto midiático e permitem cada vez mais interatividade entre os usuários. Porém, através delas circula uma cultura de oralidade muito forte, a leitura se limita a fotos com frases, memes, imagens e emojis. Portanto, postagens vazias que nem essas, infelizmente compartilhadas nas redes sociais, alcançam mais de 500 mil pessoas, conforme dados apresentados na Folha Notícia UOL. Tal situação agrava o problema de leitura crítica, pois em concordância com Francis Bacon, “o modo mais seguro de prevenir as revoltas é eliminar a matéria”. Por isso, é fundamental que haja conscientização nacional, com foco em minimizar tal cultura, bem como promover projetos que visem produção textual mais elaborada.    Enfim, tendo em vista garantir educação aos brasileiros, o Ministério da Educação deve promover a melhoria do sistema público de educação, por meio de investimentos direcionados às unidades escolares e às campanhas que promovam o hábito da leitura, bem como mostrar os prejuízos que a cultura da leitura vazia representa à sociedade. Isso pode ser feito desde cedo nas escolas, com a elaborações de trabalhos e campanhas educativas sobre orientações e divulgações quanto aos benefícios da leitura crítica, onde alunos, pais e professores serão o público alvo. Desse modo, os indivíduos terão seus direitos garantidos na prática, conforme Carta Magna.