Enviada em: 23/08/2019

No filme Homem-Aranha, tio Ben disse: " Com os grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Esse pensamento pode ser transferido ao importante papel da leitura na educação dos brasileiros. Porém, mesmo que as obras literárias desempenham grandes responsabilidades, elas infelizmente são desvalorizadas na atualidade, situação que é reflexo da falta de estímulo à leitura tanto por parte da comunidade como do Governo.    Em primeiro lugar, é necessário destacar que o baixo incentivo da família pela leitura constitui um dos entraves para o desenvolvimento desse hábito na sociedade. De acordo com a tese empírica aristotélica: o ser torna-se aquilo a que é constantemente exposto. Nesse sentido, quando o próprio núcleo familiar não incrementa à criança o costume de ler, ela cresce sem perceber a importância que a leitura tem em fortalecer seu senso crítico. Ou seja, o jovem foi exposto a uma realidade na qual os livros não possuem espaço na sua formação pessoal. Dessa forma, essa "tendência " torna-se ainda mais problemática, no momento em que a leitura consciente e crítica concorre com o imediatismo das imagens e vídeos nas redes sociais. Fato que agrava a escassez de leitores no Brasil, o que acaba por intensificar o papel passivo da população nesse cenário.    Entretanto, apesar dessa situação ser nociva, de certa forma ela agrada os governantes visto que os benefícios da leitura permanecem adormecidos na nação. Nessa perspectiva, é notável que com o aprimoramento da visão sobre os problemas sociais através do ato de ler, a população é influenciada à buscar melhores condições de vida. Como ocorreu na Inconfidência Mineira, movimento separatista que lutou contra a opressão da métropole. Essa ação foi motivada, principalmente, por filhos da elite que iam para Europa e voltavam inspirados em ideologias e livros liberais, que eram difundidos na colônia e auxiliaram a incentivar o desejo pela autonomia política. Desse modo, é comum algumas iniciativas governamentais serem omitidas para sustentar a passividade dos indivíduos.     Urge, portanto, que medidas sejam realizadas para que a leitura possa exercer seu poder no país. Cabe à mídia promover propagandas televisivas que incite a reflexão e a coerção da população sobre a relevância de cultivar o hábito de ler desde a infância. Para que o gosto pela leitura seja despertado por meio do mundo mágico da literatura infantil, e assim a criança torne-se um adulto mais ativo em relação a vida social. Dessa maneira, a frase de tio Ben possa fazer sentido não só no cinema, mas também na realidade.