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Enviada em: 17/07/2017

As marcas da leitura na história humana       Segundo Mário Quintana, "o pior analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê". Veridicamente, por séculos, a leitura representou o único meio de se obter conhecimento, e os livros eram exclusividade daqueles que detinham o poder. No entanto, a partir do momento em que os escritos deixaram de ser monopólio do estado e da igreja deu-se início ao renascimento, e com ele veio o avanço científico.       Durante os quase mil anos em que a "Idade da Trevas" vigorou, toda produção literária e artística foi voltada à religião, e todo o saber era vetado às camadas populares. Como consequência, toda catástrofe, doença ou estiagem eram explicadas como "castigos divinos", e a bíblia — ainda em latim — era usada para justificar atrocidades cometidas com os hereges. Com a reforma protestante, no século XVI, e a tradução do livro sagrado, a verdade veio à tona e, muitos fiéis, ao tomarem ciência desta, abandonaram a igreja.       Em outro contexto, às prévias da Revolução Francesa, os folhetins assumiram grande importância ao moldar a opinião dos populares dessa nação. Esses escritos traziam informações históricas, baseadas em princípios iluministas, os quais infundamentavam o poder absoluto do rei como dádiva divina. A difusão do conhecimento, então, unida a insatisfação com as condições de vida culminaram na maior revolução política da Europa.       Com tais exemplos, pode-se perceber o protagonismo da leitura nas grandes transformações da sociedade humana, e em todas as melhorias e avanços que já se desenvolveram ao longo do tempo. Desse modo, o acesso aos livros, jornais, artigos de internete e qualquer outro meio de informação, tal como à educação básica (alfabetização) devem ser assegurados enquanto direitos básicos do homem e do cidadão, garantindo assim o pensamento crítico individual e evitando a repetição periódica de tendências retrógradas ao longo do desenvolvimento humano.