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Enviada em: 04/10/2017

Na longa metragem infantil, a bela e a fera, a personagem principal parece logo de início como uma leitora nata, descobrindo (através dos livros) novos ambientes e épocas. Já fora do filme, a leitura sempre foi uma forte preocupação no Brasil, visto que o hábito está cada vez menos frequente. Assim, urge a necessidade de se discutir o assunto, pois ler é essencial para catalisar transformações.     As transformações sociais e políticas funcionam igualmente a um motor de 4 tempos, para que funcionem necessitam de ignição. No caso das mudanças, o melhor modo é através do conhecimento adquirido por livros e textos, que proporcionam ao leitor uma visão diferente da que tem, levando-o a criar questionamentos, e através dessas almejar a modificação da realidade que o cerca. Sendo assim, seja para mudar o mundo ou a rua em que mora, isso só se concretizará pelo hábito de ler.      Ademais, se para Monteiro Lobato um país se faz com homens e livros, para a sociedade interessada no desenvolvimento nacional não é diferente. Contudo, há algo que distancia o povo brasileiro das páginas: o desinteresse. Esse foi causado, sobretudo, pelas escolas, que visando transmitir um alto grau de sabedoria pecaram na dose. Isto é, Machado de Assis entre outros grandes escritores de renome utilizam de uma linguagem rebuscada que jovens atuais não estão adaptados. Nesse hiato, acabam se distanciando dos demais autores e gêneros literários. Uma leitura mais aberta aos interesses de cada um deve ser incentivada, porque de acordo com Focault, para que a informação tenha adesão ela deve ser transmitida de maneira lúdica.      Nessa perspectiva, entende-se que há três setores capazes de alcançar as mudanças desejadas: mídia, família e escolas. Cabe a mídia, divulgar em todos os meios de comunicação, curtos incentivos e benefícios da leitura. Estas mensagens iriam, gradativamente, influenciar pais e mães fazendo com que leiam para as crianças desde cedo, tornando isso um hábito para elas. As escolas podem ajudar através dos professores, que em sala, desafiariam seus alunos a escolher seus filmes preferidos que antes eram livros, instigando-os a fazer comparações entre as duas formas e elencar os benefícios de se ler e imaginar por si mesmo. Com isso, o motor brasileiro estará turbinado e pronto para alcançar longas distâncias no desenvolvimento.