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Enviada em: 05/09/2018

O verbo ler quer dizer muito mais do que apenas decifrar letras. Quer dizer compreender a realidade e se transportar para outro lugar. Nesse sentido, a leitura transforma o leitor em agente, ele sai da passividade para a atividade. A partir disso, uma nação pode se desenvolver e o Brasil deve seguir esse caminho para ser transformado em um exemplo para o mundo, com a coletividade e o poder público atuando em prol dessa mudança.                As famílias brasileiras dificilmente presenteiam seus filhos com livros, revistas ou jornais. Essa realidade de dar presentes, como bonecos Barbie e Max Steel, afasta o gosto pela leitura, já que há excesso de brinquedos e falta de livros. Nesse cenário, onde os pais pensam em suprir a ausência na vida dos pequenos dando presentes supérfluos, as crianças perdem chances de se desenvolver como seres humanos. Percebe-se, portanto, que o simples ato de ler para uma criança pode mudar tudo e isso precisa ser feito com mais frequência.              Os índices de analfabetismo funcional são preocupantes no país. Dessa maneira, a população não só não compreende o que lê, mas também ela não enxerga que é possível mudar essa realidade. Prova disso é a grade curricular que continua a listar livros que não cativam os estudantes e assim, eles não adquirem o hábito de ler e corroboram para a persistência dos altos índices de analfabetismo. Nesse sentido, uma vez que os estudantes ficam desmotivados com a estagnação na vida escolar, fica mais difícil transformar esses brasileiros em estudantes alfabetizados. Logo, o poder público tem a obrigação de rever os caminhos da educação brasileira.             Urge, portanto, que as famílias brasileiras priorizem o incentivo à leitura e diminuam as compras de supérfluos, a começar com a leitura de livros para seus filhos na hora de dormir, como uma forma de desenvolver o gosto pela leitura desde cedo e incentivar um hábito que trará muitos frutos para toda a família. Além disso, o Ministério da Educação, com suporte financeiro da União, deve investir na compra de exemplares de livros de ficção para as escolas públicas, como Harry Potter, Jogos Vorazes, Crepúsculo, Orgulho e Preconceito, entre outros, com o intuito de renovar a literatura nas escolas e incentivar o gosto pela leitura, através da modificação de uma estrutura engessada de literatura clássica que mais afasta do que aproxima os adolescentes da leitura. Com a união de todos os atores sociais, será possível desenvolver o país a longo prazo e assim, o Brasil será um exemplo para o mundo.