Materiais:
Enviada em: 02/05/2018

O etnocentrismo exacerbado de alguns povos em relação á outros perdura desde a antiguidade. Os romanos denominavam “bárbaros” todos aqueles que não faziam parte de sua cultura. Atualmente nos deparamos com inúmeros casos de xenofobia e aversão a certos costumes e hábitos culturais. Tais práticas devem ser abolidas, pois incitam o ódio ao diferente. Em algumas tribos indígenas, é um costume vestir pouca ou nenhuma roupa, e isso causa certo “estranhamento” por parte de alguns indivíduos, que associam esse valor cultural como inferior em relação a cultura que este possui, reforçando ainda mais a ideia de supremacia de uma determinada cultura em relação a outra. “Cada um chama de bárbaro o costume que não executa em sua própria terra”. Essa frase de Michael Montaigne diz respeito a dificuldade que o ser humano possui em conviver com as diferenças, sobretudo culturais. No Brasil, as touradas são vistas por algumas pessoas como algo cruel e desrespeitoso com os animais, já na Espanha as mesmas são tidas como uma forma de arte, e são realizadas frequentemente, e consideradas entretenimento para a maioria da população. Há uma linha tênue que separa a xenofobia do etnocentrismo, e nos veículos de informação é corriqueiro o aparecimento de notícias relacionadas a agressões que alguém praticou simplesmente por não aceitar a aparência ou costume de alguém oriundo de outra etnia, como é o caso de alguns imigrantes que sofrem agressões físicas ou verbais por não possuírem total conhecimento do idioma falado no país onde este está vivendo, ou por causa de seus hábitos alimentares serem diferentes. É imprescindível que as pessoas tomem consciência de que as diferenças culturais, sociais e econômicas devem ser respeitadas. É dever do estado destinar maior parte da verba pública a educação, a fim de que as pessoas obtenham pensamento crítico, aprendam a respeitar outras práticas culturais, e, sobretudo, façam com que o etnocentrismo diminua gradualmente.