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Enviada em: 22/03/2017

A diversidade cultural é, de fato, um dos maiores bens da humanidade. As diferentes perspectivas existentes nos possibilitam enxergar o mundo sob uma nova ótica. Apesar disso, a indiferença e o egocentrismo levam a um cenário em que o “eu” é destacado em detrimento do “outro”. Em vista disso, torna-se imprescindível debater quais são as causas dos conflitos e como mitigá-las.   Sendo assim, é necessário pontuar, de início, a modernidade líquida de Zygmunt Bauman. Segundo o filósofo, a época em que vivemos está pautada nas relações efêmeras e no individualismo. Nesse sentido, é possível observar como esse contexto dificulta o exercício da alteridade, tão importante para a compreensão e a aceitação do “outro”.   Ademais, a falta dessa conexão profunda com a diferença ocasiona a criação de preconceitos, maléficos para a sociedade como um todo. Como fator recente é possível citar a criação de “bolhas virtuais”, consistindo na seleção do que é visto em redes sociais, por meio de algoritmos, selecionando itens que mais concordem com o usuário, enquanto o resto é ocultado. O fenômeno global da intolerância pode ser explicado como uma consequência da incapacidade de se compreender as diferentes culturas, angústias e motivações humanas.   Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. No Brasil, o Ministério da Educação, aliado a escolas de rede pública e estadual, deve realizar palestras educativas, ministradas por professores e educadores, promovendo o conhecimento da pluralidade de culturas presente no mundo. A mídia, por sua vez, deve divulgar campanhas governamentais que abordem o tema. Dessa forma, caminharemos para a formação de uma sociedade que preze pelas diferenças.