Materiais:
Enviada em: 11/05/2018

Na Grécia Antiga, Platão acreditava que a velhice representasse sabedoria e juízo, e nesse contexto, eram justamente os anciões que governavam as cidades. No entanto, na pós-modernidade, a que se refere Zygmunt Bauman, o individualismo e a apatia para com os que não admitem o mesmo ritmo vital, da juventude para com os mais velhos, é um problema na sociedade. Visto que, os idosos detém somente limitadas condições de acessibilidade e espaço social, em relação às suas necessidades.       A priori, a defasagem do "ambiente estimulante' para o idoso, remete um freio no desenvolvimento comum. Conforme o sociólogo Betinho, a igualdade, a diversidade, a participação, a solidariedade e a liberdade, são os pontos fundamentais para esse processo. Contudo, o tratamento dos longevos no Brasil desoferta vários desses passos. Pois existem barreiras físicas que dificultam o acesso dos de idade avançada no transporte público, tirando-lhes sua autonomia. Entretanto, o fato é visto com descaso pelos meios governamentais.       Na mesma conjectura, apesar da existência do Estatuto do Idoso, que firma direitos para a proteção física e moral dos assistidos, a questão da saúde pública para a 3a idade é negligenciada. Uma vez que o sistema demanda um tempo de espera para atendimento que muitos não dispõem. Consoante o Papa Francisco, os direitos humanos não são violados somente pelo terrorismo, mas por estruturas econômicas injustas que originam grandes desigualdades.       Portanto, dadas as óbices supracitadas, é necessário a intervenção do Estado, a fim de estabelecer uma velhice digna aos cidadãos. Entende-se a necessidade do aumento da frota de ônibus urbanos, para que, a superlotação deixe de ser um problema para a estrutura física dos idosos. Além da latente imprescindibilidade da contratação de médicos, em todos os postos públicos, preparados para os cuidados específicos à 3a idade. Para, dessa forma, dar os passos necessários, que Betinho já citava, ao progresso da sociedade.