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Enviada em: 16/05/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito da valorização do idoso, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela negligência, acompanhado aos baixos recursos para tal.    Na antiguidade, pessoas de mais idade eram vistas como as mais sábias, por sua experiência de vida, assim, somente elas poderiam governar. É irrefutável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, o desprezo com os idosos limita essa harmonia, haja vista, no filme UP Altas aventuras, fica explicito a solidão do senhor Calr ao perder sua esposa, onde nenhum membro de sua família o acolheu, necessitando então, do apoio da casa de repouso local. Segundo o Artigo 4, qualquer forma de ataque contra o idoso é crime, portanto, fica claro que a lei nem sempre é aplicada devidamente.   Desse modo, não apenas o desinteresse, como também o segundo fator importante para reflexão é a falta de investimentos como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que no Egito Antigo a expectativa de vida máxima era de 50 anos, com os avanços tecnológicos esse quadro não é mais o vivenciado, segundo o site Com ciência,a expectativa de vida aumentou 20 anos, entretanto, a infraestrutura das cidades e dos hospitais não são acolhedoras para tais, desta forma, o idoso fica propício a sofrer mais, tornando-se 20 anos de baixa qualidade.   É notório, portanto, que ainda há entraves para assegurar a solidificação de políticas que tendam à construção de um mundo melhor. Destarte, é imprescindível que a Receita Federal destine maiores investimentos à capacitação das cidades, viabilizando o conforto de locais públicos e o bem-estar. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, estudantes, palestras de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, ministradas por psicólogos e médicos, que discutam o combate a violência física e psicológica, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não caminhe para um futuro degradante.