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Enviada em: 02/08/2018

Urbanização. Avanços na Medicina. Ampliação do SUS. Esses e outros fatores contribuíram para uma nova tendência brasileira: do envelhecimento populacional. Nesse contexto de avanço, houve, de modo brilhante, a criação de leis que asseguram - em tese - os direitos dos idosos. Todavia, infelizmente, a falta de alteridade social ainda é um grande obstáculo enfrentado por essa parcela dos brasileiros. Sendo assim, medidas são necessárias para reverter esse difícil quadro e garantir a real valorização dos idosos.                                                                                                                                                          Em primeiro plano, o Brasil já reconhece, por meio das Leis, os direitos dos mais velhos. Isso acontece, pois em 2003 foi criado o Estatuto do Idoso, que visou ampliar e ratificar direitos novos ou já presentes na Constituição Cidadã, os quais, felizmente, defendem a cidadania dos maiores de 60 anos. Nesse contexto, é notório que o Estatuto é um enorme aliado na defesa dos idosos e cabe ao Estado, à família e a sociedade - como encontra-se na própria norma - assegurar esses direitos. Sendo assim, percebe-se que, teoricamente, o país está em harmonia com a nova tendência populacional.                                                                                                                                                   Indo de encontro a esse aspecto positivo, há a realidade, a qual anda, lamentavelmente, ao lado da pouca empatia. Segundo Lipovetsky, filósofo contemporâneo, a sociedade vive na Era do Vazio, na qual o hiperindividualismo é uma máxima. Nesse desafiador cenário, os idosos são negligenciados por aqueles que, em teoria, deveriam cuidar deles. A exemplo dessa infeliz situação, tem a marginalização social, a falta de estrutura das ruas para que eles possam trafegar com segurança, o abandono por parte da família e do Estado e, até mesmo, a violência física que eles enfrentam. Dessa forma, é evidente que - na prática - as Leis são esquecidas e boa parte dos brasileiros, por não ter a capacidade de colocar-se no lugar do outro, desvalorizam os idosos.                                                                                  Fica claro, portanto, que os maiores de 60 anos encontram obstáculos sociais, os quais precisam ser mudados. Para isso, cabe ao Poder Judiciário e aos cidadão fiscalizarem a aplicação dos Estatuto, por meio de denúncias às delegacias e punição real, através de indenizações ou, dependendo da gravidade, penas alternativas àqueles que infringirem essa norma com o fito de diminuir os casos de negligenciamento das Leis. Outrossim, é papel das escolas, como formadora do saber, incentivar a valorização dos idosos por meio de documentários, jogos e visitas aos asilos, com o objetivo de ampliar a empatia dos jovens para com essa parcela social. Assim, o Brasil entrará, também, em harmonia prática na convivência com os mais velhos.