Materiais:
Enviada em: 08/08/2018

Segundo o filósofo, Émile Durkheim, a vida em sociedade é coletiva. Portanto, a individualidade configura como segundo plano, pois todos os indivíduos são governados por instituições que os representa. Nesse âmbito, os idosos são representados. Na prática, entretanto, vive-se no Brasil a ausência no cumprimento dos papéis sociais “garantidos” no Estatuto do Idoso, para a proteção do octogenário.      No contexto sócio cultural do século XX, o escritor realista, Machado de Assis, na virada do século, aos 60 anos, retrata com melancolia a inserção na 3ª idade. A morte e a solidão da velhice, são preocupações presentes em obras e associam, a priori, a idade avançada à fragilidade e ao fim, a como também a figura do papel social do velho enquanto sábio. De outro modo, a atual conjuntura aumentou a expectativa de vida e saúde, a partir de dados do SPC, 30% do idosos continuam a exercer uma atividade profissional.      Por conseguinte, a ONU aponta um crescimento de 5% para 12,7% entre 1970 a 2017 da população idosa no Brasil, o aumento do índice de envelhecimento, ao passo que demonstra a melhora do saneamento e acesso à saúde básica, são indicativos da diminuição, respectivamente, da população dentro da idade produtiva no mercado e da arrecadação pública, embora parte atue no setor informal após a aposentadoria. Assim, o decréscimo populacional, agrava diretamente a garantia de proteção ao idoso, por inviabilizar arrecadações proporcionais, o artigo 2 do Estatuto do Idoso, assinala: “ é obrigação da família, comunidade, e Poder público, assegurar a efetivação do direito à vida. “, portanto, a atuação do idoso no mercado de trabalho, na prática, coloca em praxe a idade de recebimento da previdência.     Logo, medidas são necessárias para resolver este impasse. É crucial, portanto, a reforma da previdência, pelo governo, visando à adequação da idade para o recebimento da assistência, por meio do processo democrático de consulta pública e estudo da PEC 287 já em trânsito pelo senado. Ademais, é vital, ao Ministério da Educação, reforçar através da escola o respeito aos idosos, a partir da desconstrução da conduta estigmatizada dos jovens aos octogenários.