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Enviada em: 21/08/2018

A imposição de padrões rígidos de certo e errado e a busca por verdades absolutas impedem que parte da sociedade conviva com as diferenças. Essa visão etnocêntrica resulta numa pretensa superioridade capaz de causar a exclusão social, ou até mesmo agressões físicas, como no caso da violência contra idosos no Brasil. Isso ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também o posicionamento do Estado diante desse infortúnio.    A princípio, percebe-se que o sistema educacional brasileiro é conteudista, mecanizado. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade dos estudantes, deixando-os pouco preocupado com a situação alheia. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa a desejar na formação educacional dos alunos. Destarte, as informações sobre a necessidade da valorização do idoso no país, por exemplo, deveria iniciar desde o ensino infantil, quebrando, assim, paradigmas construídos desde a primeira Revolução Industrial, os quais pregam a segregação de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho.     Em segundo plano, a inércia do sistema público também cumpre papel relevante para a desvalorização dos idosos no Brasil. A Constituição Federal, de 1988, em conjunto com o Estatuto do Idoso, garante direitos básicos para esse grupo de pessoas, como, por exemplo, à moradia. Contudo, muitos brasileiros deixam de gozar sua aposentadoria e retornam ao mercado de trabalho, pois o salário que o estado disponibiliza para essa fase da vida não é suficiente para pagar outras necessidades básicas, como a saúde.       Urge, portanto, a necessidade que pessoas e instituições públicas cooperem para mitigar com a desvalorização dos idosos no país. Nessa perspectiva, o Ministério da educação deverá desenvolver, junto ás mídias de massa, discussões que levem aos políticos a  importância da valorização dos idosos no Brasil, com debates e propagandas que eduquem sobre o respeito que devemos ter aos direitos desse grupo de pessoas, como também a criação de espaços específicos, com profissionais especializados, que possam levar saúde e lazer para terceira idade.