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Enviada em: 21/08/2018

Na segunda metade do século XX, a maioria dos países já apresentava uma expectativa de vida superior a 70 anos, uma vez que áreas como a medicina evoluíram muito e tornaram isso possível. Nesse contexto, a quantidade de idosos cresceu exponencialmente, gerando questões acerca da valorização desse grupo, que acontece de forma insuficiente, principalmente no âmbito social e familiar.    Primeiramente, convém destacar a falta de prestígio dessa faixa etária no meio social. Sob esse viés, as relações de produção do capitalismo tendem á uma visão dessa minoria somente como gasto, visto que uma grande parte dessas pessoas já não trabalha e ainda recebe dinheiro da aposentadoria. Dessa forma, isso associado ao modelo de sociedade atual - que segundo Zygmunt Bauman, é pautado por relações cada vez mais superficiais - leva a uma exclusão e desvalorização dos idosos.    Além disso, a valorização do idoso no meio familiar também é precária. Acerca dessa lógica, a falta de planejamento a longo prazo nas famílias, bem como o alto custo financeiro com manutenção de saúde nos idosos, acaba cultivando a ideia do abandono, que em muitos casos é feito. Exemplo disso, dados coletados pelo Disque 100 do Brasil - serviço do governo federal - que mostram o aumento de 16,4 % nas denúncias de negligência e violência contra idosos no país.    Portanto, diante da evidente desvalorização do idoso no século XXI, medidas precisam ser tomadas. O Poder Legislativo deve garantir que as normas estabelecidas pelo Estatuo do Idoso sejam cumpridas, efetivamente isso deve acontecer por meio da criação de uma lei que criminalize o abandono de idosos e a violação de qualquer norma desse estatuto. Além disso, a família deve ter uma postura diferente frente aos idosos, por intermédio do planejamento com antecedência dos possíveis gastos com aquela pessoa ao atingir essa faixa etária. Dessa forma, essa minoria será mais valorizada e os ideais de igualdade de todos perante a lei não serão mais tão violados.