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Enviada em: 27/09/2018

No Japão os idosos são tratados com atenção e orgulho pela grande experiência acumulada em seus anos de vida e, por isso, os japoneses consultam os mais velhos antes de qualquer decisão importante. No entanto, hodiernamente no Brasil tal contexto não é posto em prática, fazendo-se prevalecer o descaso com a população idosa. Por conseguinte, mostra-se necessária a análise de dois aspectos: a inclusão digital e a questão financeira dos idosos no Brasil.       Primeiramente, é indubitável que na atual era da tecnologia é preciso atualizar-se constantemente para estar inserido na sociedade. De acordo com o sociólogo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Logo, em um país que, segundo o Ministério da Saúde, tem a quinta maior população idosa do mundo, torna-se crucial a integração da terceira idade no cenário digital, possibilitando-os a manutenção de seus papéis sociais, do exercício de cidadania, o acesso a uma sociedade dinâmica e complexa, mantendo assim, a mente ativa.       Outrossim, destaca-se o fator financeiro como empecilho na vida dos cidadãos mais velhos. Segundo dados divulgados ano passado pelo IBGE, 27% da população idosa brasileira está trabalhando. Sendo assim, é notório que apenas a aposentadoria não é o suficiente para cobrir os gastos do cotidiano dessa parcela de pessoas. Portanto, o auxílio aos idosos é de suma importância, uma vez que eles passaram, em média, 60 anos contribuindo para o andamento do país.       Em vista dos fatos supracitados, faz-se necessário a adoção de medidas que venham inserir os idosos na sociedade e garantir sua sustentabilidade financeira. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, promover a integração digital da terceira idade, por meio da criação de um projeto nas escolas que ensine, duas vezes por semana, as pessoas mais velhas a usarem a internet, celulares e computadores, com o intuito de que elas consigam viver interligadas com a sociedade. Ademais, o Poder Legislativo deve criar o cartão do idoso, o qual serviria para as pessoas acima de 60 anos conseguirem descontos em certos produtos como remédios, alimentos básicos (arroz e feijão) e em eventos públicos, com o objetivo de possibilitar uma vida mais estável aos brasileiros de mais idade. Desse modo, será possível presenciar atitudes de orgulho e respeito com os idosos, que não são vistas no Brasil.