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Enviada em: 26/09/2018

No limiar do século XXI, a valorização do idoso é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Em meio ao imediatismo, à negligência e impossibilidades que a terceira idade enfrenta, sua desvalorização é um assunto que precisa ser tratado com evidência e cuidado. Desse modo, rever a situação social a qual essa problemática está submetida é indispensável para avaliar seus efeitos na sociedade contemporânea.    Convém ressaltar que a forma a qual o idoso é visto na sociedade é formado pelo reflexo de uma filosofia individualista. Isso porque parcela da população tende a tratá-los com descaso considerando-os ''pesos mortos'' que não contribuem em serviços para a comunidade. De maneira análoga, o sociológo Zygmunt Bauman defende, na sua obra ''Modernidade Líquida'', que o individualismo é uma das principas características, sob esse viés, que contribui para a persistência de tal comportamento.   Ademais, a falta de infraestrutura apresenta-se como outro fator preponderante para a dificuldade na efetivação dos direitos assegurados no Estatuto do Idoso. Isso porque o poder público não investe na criação de programas específicos que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa. Sob essa ótica, torna-se evidente que, apesar de haver uma norma reconhecida por mecanismos legais, os indivíduos ainda não experimentam esses direitos na prática.        Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a desvalorização do idoso. Cabe ao Governo em parceria com o Ministério Público, o desafio de promover a valorização das pessoas mais velhas e garantir políticas pertinentes para que essa parcela da população envelheça com qualidade. Outrossim, cabe a comunidade rever suas atitudes, provendo mais respeito à terceira idade, além de entender suas contribuições e importância para o mundo contemporâneo. Dessa forma, esse problema social será superado e os mais velhos serão devidamente valorizados.