Materiais:
Enviada em: 29/09/2018

Devido aos avanços tecnológicos da medicina, a expectativa de vida, na contemporaneidade , tende a aumentar. Atualmente, o Brasil já possui um grande número de idosos e esse número tende a crescer, segundo pesquisa publicada pelo IBGE. Entretanto, há um despreparado tanto do Estado, quanto da sociedade civil perante o envelhecimento da população brasileira.   Inicialmente, o estatuto do idoso representou uma conquista de direito para a sociedade, entretanto ele não é integralmente efetivado, cujo os reflexos apontam para dificuldade da população idosa se integrar na sociedade, deparando-se com dificuldades desde o acesso a serviços básicos e a locomoção em arquitetura excludentes, inclusive das construções públicas, até as dificuldades encontradas no ingresso e na permanência no mercado de trabalho. Tal condição vislumbra para o fato do natural envelhecimento da população brasileira não ser acompanhado por políticas públicas efetivas de amparo ao idoso.   Outro fator relevante, é a desvalorização dos idosos perante a população mais nova, sendo assim quando Zygmunt Bauman relaciona o momento atual à modernidade líquida e afirma que os relacionamentos escorrem pelo os vão dos dedos, evidencia o quanto a sociedade atual é individualista e pouco interessada aos problemas que são acometidos ao próximo, nesse caso, o envelhecimento da população. Além disso, encontramos depreciação até mesmo na semântica das palavras, atualmente, muito do que é relacionado a velho, possui sinônimo de ruim e obsoleto, alguns jovens chegam a usar o termo velho como ofensa, situação essa, que ratifica a condição da linguagem ser capaz de refletir uma mentalidade social.    Portanto, a valorização do idoso se faz necessária perante as dificuldades atuais impostas tanto pelo Estado quanto pela sociedade. Sendo assim, os poderes executivos, e legislativos, precisam fortalecer e consolidar a lei federal do estatuto do idoso, por meio da intensificação de mecanismos que fiscalizem e favoreçam a integração da terceira idade na sociedade com projetos que estimulem a sua inserção no mercado de trabalho e minimizem a exclusão digital presente na realidade de muitos, para que assim melhore as relações entre as gerações, aliado a projetos que favoreçam o envelhecimento saudável, com eventos periódicos de atividade física especializada, junto da intensificação do acesso à saúde de qualidade. Para que desta maneira, seja possível estimular a cidadania na melhor idade e o respeito a dignidade humana.