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Enviada em: 15/10/2018

Os idosos eram extremamente valorizados nos séculos passados. Em Esparta, por exemplo, a velhice era honrada, os homens e as mulheres de 60 anos ou mais eram encarregados de instruir a juventude. Apesar da população brasileira estar envelhecendo, atualmente, tem-se um contexto inverso ao dos espartanos: os indivíduos na terceira idade são frequentemente menosprezados. Dessa maneira, encontrar caminhos para combater a desvalorização da terceira idade é um desafio que deve ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado.    Em primeira instância, devido à crise que assolou a nação, o Poder Legislativo aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que congela os gastos públicos em saúde durante 20 anos. Em razão disso, caracterizou-se o sucateamento da saúde pública, principalmente, no tocante ao acompanhamentos dos sujeitos na terceira idade, pois, de acordo uma matéria do jornal “O Globo”, nos postos de saúde há uma escassez de médicos especialistas em gerontologia. Isto posto, os idosos não sabem como suprir as necessidades do organismo, diminuindo a qualidade de vida deles. Logo, evidenciando a falta de atenção que o órgão legislativo tem para com  os sujeitos que estão na idade idosa.   Outrossim, conforme o IBGE, o país possui 30 milhões de idosos, esses são subestimados pela família quando tentam estudar, cozinha e malhar. Nesse ínterim, é possível destacar o documentário do cineasta Gabriel Martinez, "Evelhescência", em que mostra as diferentes atividades que essas pessoas desenvolvem na terceira idade: aprender a surfar, tatuar o corpo, estudar e virar maratonista são só algumas delas. Além disso, a falta de informação e a escassez de campanhas publicitárias que busquem conscientizar a população acerca do respeito que os indivíduos mais experientes merecem, corroboram para que o preconceito seja enraizado no corpo social contemporâneo. Destarte, existe a desvalorização desse grupo etário, mesmo que de forma implícita, à primeira vista.   Urge, portanto, a necessidade da intervenção civil e estatal. O Estado, nesse contexto, carece de fomentar práticas públicas, tal como revogar a PEC que congela os investimentos por duas décadas, por meio de outra PEC, a fim de garantir a todos os idosos do país uma saúde de qualidade, para que possam envelhecer saudavelmente. É imperativo, ainda, que a população em parceria com as escolas, promova eventos e seminários, através de campanhas de caráter popular, com o objetivo de fazê-los valorizar os idosos. Por conseguinte, a Lei Suprema será respeita, porque o assunto será prioridade e a desvalorização não irá existir, logo beneficiando os sujeitos na faixa etária idosa.